Segundo a Angop, este dinheiro vai ser usado para criar infra-estruturas nas zonas rurais e assim reforçar o sector agrícola do país. Essas infra-estrururas têm como objectivo impulsionar a produção nacional, tornando a sua colocação no mercado mais eficiente.
Além disso, o projecto prevê ajudar, na grande maioria, jovens e mulheres vulneráveis às alterações climáticas, tendo como principal objectivo aumentar a resiliência dos agricultores.
Este projecto vai também apoiar a criação serviços de adaptação às alterações climáticas, abrangendo 35 municípios de sete províncias: Bengo, Zaire, Uíge, Cuanza Norte, Benguela, Cunene e Namibe.
No total, o projecto deverá ajudar 218 mil famílias, das quais 65.400 se encontram no sul e 152 mil no norte do país.
Para as famílias do sul, o dinheiro vai beneficiar os agregados mais vulneráveis a choques climáticos. Já para as do norte, o dinheiro servirá para ajudar os pequenos agricultores.
O acordo – que faz parte de um projecto geral de 150 milhões de dólares, co-financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e pelo Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) – foi assinado por Fátima Jardim, representante permanente de Angola junto das agências das Nações Unidas com sede em Roma, e por Gilbert Houngbo, presidente do FIDA.
Na cerimónia de assinatura do acordo, Fátima Jardim considerou que este entendimento representa as boas relações de cooperação entre Angola e o FIDA, que pretendem combater a fome e reduzir a pobreza rural.
A responsável transmitiu ainda uma mensagem do Governo, aplaudindo o trabalho e liderança de Gilbert Houngbo, sobretudo nesta fase difícil da covid-19, e agradeceu à AFD e ao BADEA por ajudarem a melhorar a segurança alimentar de Angola.