"Exigir a legalização" do Partido do Renascimento Angolano – Juntos Por Angola – Servir Angola (PRA-JA Servir Angola), liderado pelo político Abel Chivukuvuku, junto daquela instância judicial era o mote do protesto, convocado um dia depois de o plenário do Tribunal Constitucional (TC) rejeitar um recurso interposto pela formação política que tenta legalizar-se desde o ano passado.
Concentrados na manhã desta Quinta-feira, no largo do cemitério da Santa Ana, em Luanda, os mais de trinta jovens empunhavam vários cartazes com palavras de ordem como "queremos a legalização do PRA-JÁ" e "não à perseguição política".
À Lusa, os manifestantes, que exibiam bandeiras e camisolas com o rosto do seu líder, contaram que a sua marcha foi abortada pelo "forte aparato policial", no local, afirmando que um dos membros do grupo "foi detido na sequência de agressões".
"O Tribunal Constitucional está a dificultar a legalização do nosso partido político PRA-JÁ, por isso que estamos aqui na rua a reivindicar e a manifestar sobre essa questão", afirmou Osvaldo Rebelo, em entrevista à Lusa.
Segundo o jovem militante do PRA-JÁ Servir Angola, a polícia "impediu a marcha por falta de autorização", lamentando, no entanto, a "apreensão e agressão" de que diz ter sido alvo um líderes da manifestação.
"O nosso companheiro já foi batido e levado pela polícia nacional, o que é injusto", protestou.
Laurina André, uma das manifestantes, disse estar indignada com o novo chumbo do projecto político de Abel Chivukuvuku, considerando a decisão do tribunal como "uma manobra para desacelerar a força do PRA-JÁ".
"Estamos aqui a manifestar a nossa indignação perante ao povo, queremos que seja legalizado porque seguimos todos os trâmites legais", afirmou.
Infelizmente, observou, a polícia "já levou um dos nossos companheiros, saiu daqui com agredido e algemado, não sabemos o porquê e estamos indignados com a postura da polícia".
Efectivos da polícia, em número considerável, marcaram presença no local.
Por sua vez, António Luís, também subscritor do projecto político, considerou reprovável a decisão do TC, afirmando que vão continuar a obrigar o tribunal a mudar de comportamento.
"Porque todos os nossos atestados foram legalizados pelas administrações municipais", argumentou, lamentando igualmente a "detenção do secretário municipal do Kilamba- Kiaxi".
"Mas vamos continuar a protestar", assegurou o jovem manifestante.