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“Julho sem Plástico”: figuras públicas nacionais dão voz a campanha ambiental

Ruas cheias de sacos plásticos, garrafas a boiar no mar e embalagens enterradas nas areias das praias são alguns dos cenários que se têm vindo a comprovar nos últimos tempos. A guerra ao plástico já foi declarada e cada vez mais se fala no problema que este material representa para o ambiente. Para sensibilizar a população para esse problema, a EcoAngola desafiou uma série de figuras públicas nacionais a levantar a sua voz contra este inimigo, através da campanha 'Julho sem Plástico'.

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A campanha, que conta com a parceria da Juventude Ecológica Angolana e de Vladimir Russo, consultor ambiental e director da Fundação Kissama, tem ganho forma nas redes sociais. Este ano, as acções de sensibilização tiveram de ser adaptadas às plataformas digitais devido à covid-19, mas nem isso demoveu os organizadores de avançarem com o 'Julho sem Plástico'.

Vários famosos, entre os quais Maria Borges, Mel Chaves, Bruna Sardinha, Vânia Vilela e o DJ Bruno AG, têm colocado imagens com cartazes com frases de sensibilização nas redes sociais. "O lixo que você deita no chão não fala, mas ele diz muito sobre você", "Quero viver num mundo com mais tartarugas do que plástico no mar" e "Não existe planeta B", são algumas das frases que os famosos têm usado para sensibilizar os menos conscientes.

Em declarações ao Expansão, Érica Tavares, directora da EcoAngola, revelou que devido ao coronavírus a campanha está a decorrer nas redes sociais sem "qualquer concertação com a iniciativa internacional" - lançada em 2011 pelo Earth Carers Waste Education, na Austrália.

Érica Tavares diz ser contra a "dependência massiva do plástico no país por falta de sensibilização" e contra o comportamento de "não deitar fora o lixo, mas sim no próprio ambiente".

Além desta campanha, está a ser preparado outro projecto que vai arrancar ainda este mês: vai ser colocado na Via Expresso o primeiro contentor reutilizado, que tem como objectivo promover a reciclagem. Este projecto é uma parceria entre a EcoAngola com a Sociedade Gestora de Terminais, Sogester.

José Silva, presidente da Juventude Ecológica Angolana, admitiu que apesar da mensagem da campanha estar a ser transmitida via online é sempre importante alertar para este problema, considerando há um "uso insustentável dos sacos" no país.

O responsável falou ainda numa outra campanha que envolveu a primeira-dama, Ana Dias Lourenço. José Silva considerou que a campanha "Banir os Plásticos para uma África Livre de Poluição", promovida pela União Africana, não surtiu qualquer efeito em Angola, lamentando.

Já Valdimir Russo revelou ao mesmo jornal que os luandenses são os que produzem mais lixo no país. Os habitantes de Luanda produzem "entre 650 gramas a um quilo, por dia, dependendo se vive mais na mancha urbana ou na periferia, muito acima da média nacional que é 460 gramas de lixo por dia".

Para chegar a esta comparação, o especialista baseou-se no seu conhecimento prático no terreno, uma vez que os dados oficiais que existem são poucos e os mais actuais remontam a 2012.

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