"Os custos que o executivo, ao abrigo daquilo que são as suas obrigações e atribuições, tem previsto para implementação dos sistemas e do centro de resposta a incidentes Informáticos são no valor 11 milhões de dólares", disse Meick Afonso, director-geral do Instituto de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI).
Segundo o responsável, os referidos custos são fruto de estudos já realizados para que haja "um efectivo funcionamento desse sistema desde a formação de pessoal, implementação de tecnologias a constante actualização tecnológica".
Sendo que, realçou, para manter o sistema funcional prevê-se "gastar por ano 6 milhões de dólares", garantindo, contudo, que em comparação com outras latitudes, o quadro da ciber-segurança em Angola "é estável".
"Porém, que suscita, efectivamente, uma preocupação constante daí que esforços quer a nível do executivo e de outros operadores do mercado é de uma melhoria contínua", adiantou.
Na ausência de um centro para resposta a incidentes informáticos, disse, o INFOSI desempenha actualmente essas funções, "mas não ainda na perspectiva internacional".
Meick Afonso falava aos jornalistas à margem de uma conferência sobre Segurança Cibernética para o Sistema Financeiro Angolano, promovida, em Luanda, pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Em relação aos crimes informáticos, referiu que além do Código Penal, que define uma moldura para os infractores, Angola conta também com uma Lei sobre a Protecção das Redes e Sistemas Informáticos.
"Que prevê um conjunto de procedimentos e normas bem como a criminalização de um conjunto de atos que são praticados no espaço cibernético nacional sobre as quais assentam a invasão e acesso à informação não autorizada", concluiu.
O director do INFOSI foi um dos oradores do primeiro painel desta conferência, a sétima enquadrada no ciclo anual de conferências do BNA, que versou sobre Cibersegurança e Riscos Tecnológicos do Sistema Financeiro.