Segundo as autoridades, o navio Baía Farta, cujas acções iniciais de investigação estão previstas para finais de Agosto ou princípio de Setembro, é o primeiro do género em África e o terceiro a nível do mundo em termos de capacidade, laboratórios e autonomia.
O "Baía Farta", atracado na Base Naval de Luanda, abarca "distintas valências", nomeadamente "sofisticação científica e tecnológica, dispositivos de pesquisa de ocorrências de micro plásticos" e para o sector das pescas "instalação de um sistema organizado de lota", referem as autoridades.
Segunda-feira, o ministério das Pescas e do Mar e a empresa Damen procederam, em pleno navio, à assinatura do certificado de entrega definitiva do "Baía Farta" que ainda apresenta "algumas inconformidades", detectadas na viagem da Roménia.
"Conseguiu-se verificar que ao longo da travessia surgiram algumas inconformidades, tivemos atenção a isso e com os nossos cientistas detectaram 29 inconformidades, a maioria foram corrigidas, sete vão ser corrigidas agora durante as provas do mar", explicou a ministra das Pescas e do Mar, Maria Antonieta Baptista.
"O primeiro ano [de operação] tem garantia por parte do construtor", assegurou.
Em relação ao orçamento global do navio, 80 milhões de dólares, a governante referiu que o montante "não é muito", mas é necessário “procurar mercado para rentabilizar" o custo.
Maria Antonieta Baptista considera que o navio de investigação "é uma empresa que necessita de auto-sustentabilidade", sobretudo devido aos custos com a "manutenção e combustíveis".
"Os gastos de combustível dependem o grau de funcionamento e aqui onde estamos hoje parados todos os dias o navio é capaz de gastar até 2500 litros de combustível", apontou.
Por seu lado, o director de Serviços da Damen, Patrick Kamerman valorizou a cerimónia referindo que a entrega oficial do Baía Farta às autoridades simboliza um "casamento durável e contínuo".