"É um desabafo e acho que não vou ser castigado por isto. As organizações têm que parar um bocado com isto de proteger o ‘status quo' e deixar que outras seleções apareçam também", disse Fernando Falé, no final do jogo com a França (3-3), do Mundial2019.
Ainda de acordo com Fernando Falé, "isso só irá abrilhantar o espectáculo e será bom para a modalidade". "Tanto a França como Angola, com mais força nos últimos quatro ou seis anos, tentam entrar nos quatro primeiros, mas, sistematicamente, ou pela arbitragem ou pela mesa ou seja o que for, acabam sempre por nos colocar uma resistência, uma dificuldade", disse Fernando Falé.
A seleção nacional está inserida no grupo A do Mundial2019, a decorrer em Vilanova, em Espanha, com a campeã em título Espanha, Itália e França. A fase seguinte da prova, a eliminar, decorrerá no Palau Blaugrana, em Barcelona.
"Hoje, mais uma vez, atrapalharam-nos e colocaram-nos resistências que nem são justas, na minha opinião. Mas, as dificuldades quando não nos matam, ou neste caso, quando não nos eliminam, tornam-nos mais fortes e acabou por ser uma vitória [empate 3-3, mas com 1-0 no critério de desempate] inteiramente justa", considerou Fernando Falé.
Ainda de acordo com o treinador de Angola, a competição "está longe de terminar". "Tanto podemos ficar em segundo, como podemos ficar em quarto [no grupo A], depende do que vai acontecer. Este é um grupo extremamente difícil, que nós, normalmente, chamamos de grupo da morte", explicou Fernando Falé.
Segundo o treinador, qualquer seleção pode ficar em primeiro do grupo, embora a campeã mundial Espanha tenha "mais argumentos" para o conseguir, mas isso irá depender do jogo com a Itália.
"A Itália é uma selecção que pode perfeitamente derrotar a Espanha. Qualquer um pode ficar em primeiro e qualquer um pode ficar em quarto e mesmo quem ficar em quarto continua a ser uma grande selecção, de certeza absoluta, porque são quatro selecções extremamente fortes", assinalou.