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Cultura

Novo documentário acompanha a vida de cinco bailarinos da Companhia de Dança

O novo documentário da produtora Geração 80 foi apresentado esta semana no Auditório do Banco Económico e com a presença do vice-presidente da República e da ministra da Cultura, no decorrer de um debate sobre a tradição e a importância da dança contemporânea para a cultural nacional.

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O documentário, intitulado “Para Lá dos Meus Passos”, tem como foco principal a dança contemporânea no país. Este filme retrata o processo de montagem do espetáculo exibido em 2017 pela Companhia de Dança Contemporânea de Angola. Acompanha ainda a vida de cinco bailarinos que vão explorar os conceitos de tradição, cultura, memória e identidade, ao mesmo tempo que questionam a transformação e a desconstrução destes temas nas suas vidas.

“Felicito os promotores da peça e, sobretudo, os artistas que estão na base do filme. Mesmo que fechemos os olhos, não podemos ignorar o apelo à valorização da arte”, disse Bornito de Sousa. “Outro elemento que retive da peça é que para evidenciarmos a modernidade não precisamos de virar as costas à nossa tradição. Aliás, Agostinho Neto já dizia que nós somos um cruzamento de culturas e que a arte contemporânea fica mais rica sempre que se inspira nas artes tradicionais”, acrescentou.

“Concebemos e produzimos este documentário enquanto observadores, para podermos transmitir neutralidade e realismo à obra. Queríamos que a câmara e a equipa estivessem como que invisíveis para que as personagens filmadas se acostumassem à nossa presença, ao ponto de se esquecerem que estávamos ali, presentes. Sem interferirmos de nenhuma forma.”, contou Paula Agostinho, produtora e co-realizadora, em comunicado remetido ao VerAngola.

“Para atingirmos o realismo que sempre quisemos para esta peça utilizámos a luz natural dos espaços, porque queremos transmitir ao público a emoção e a beleza da dança através das imagens, através do movimento dos bailarinos e da sua expressividade”, complementou Kamy Lara, realizadora.

Além de captarem o processo criativo de montagem de um espetáculo único no país e de darem a conhecer os bailarinos ao serviço da CDCA, as criadoras pretendem criar uma plataforma de reflexão sobre tradição e evolução, e valorizar a cultura e a história nacionais da dança contemporânea africana.

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