A informação foi avançada em Saurimo, no leste, pelo presidente do Conselho de Administração da Endiama, José Ganga Júnior, à margem de uma visita governamental à província diamantífera da Lunda Sul, que se realiza desde Terça-feira.
"Temos muito que fazer em Angola. As nossas empresas mineiras, a maior parte delas, vivem dificuldades, têm problemas de rentabilidade, têm problemas de organização, e o que nós fizemos é apenas priorizar a nossa actividade. Portanto, por enquanto, achamos importante concentrar o nosso esforço aqui em Angola, porque temos muito campo para crescimento", disse o responsável pela concessionária do sector diamantífero.
"Depois de estruturarmos a Endiama, internamente, então muito bem, podemos fazer outras actividades no exterior", disse ainda, sobre os contratos para prospecção e exploração de recursos mineiros - além de diamantes também ouro e ferro - na RCA e na Venezuela, assinados ainda durante os governos liderados por José Eduardo dos Santos.
No final de Junho, o presidente do Conselho já tinha defendido a saída de Angola de participações existentes no exterior do país, por considerar que há "muito para fazer" na própria "casa".
Sobre a RCA, José Ganga Júnior apontou a "grande instabilidade político-militar" naquele país para justificar a não concretização do contrato.
Em cima da mesa está igualmente a saída da Endiama China, após conclusão que "em nada contribuiu de forma relevante para o sector. Não encontramos resultados, não encontramos absolutamente nada, também achamos que devemos sair".
No caso da Venezuela, a Endiama tem um contrato para a constituição de uma joint-venture de prospecção e exploração no domínio dos diamantes e outro no apoio às actividades de comercialização de diamantes.