Segundo dados preliminares do último relatório sobre a Base Monetária Ampla do Banco Nacional de Angola (BNA), em Junho estavam em circulação física no país cerca de 422.838 milhões de kwanzas, contra os 451.708 milhões de kwanzas contabilizados em Maio.
Tratou-se de um corte de 6,3 por cento, tal como em Abril, e depois de um aumento de quase 3 por cento em Maio, segundo dados de relatórios anteriores do BNA.
A retirada de moeda de circulação pelo BNA é uma estratégia que permite valorizar a moeda nacional, travar a pressão cambial provocada pela cotação de moeda estrangeira (dólar e euro) no mercado paralelo, que serve de indicação a vários sectores.
Ainda assim, estes valores estão distantes, desde logo, do final de 2017, quando Angola tinha em circulação 527.550 milhões de kwanzas.
Além disso, actualmente, a inflação acumulada a 12 meses segue à volta dos 20 por cento e só desde Janeiro o kwanza já se depreciou 36 por cento face ao euro.
A cotação do mercado paralelo e a taxa de câmbio oficial de divisas, face ao kwanza, têm vindo a convergir nas últimas semanas, com a aplicação do novo modelo de cambial flutuante, adoptado pelo BNA a 9 de Janeiro.
Actualmente, cada euro vale cerca de 293 kwanzas à taxa oficial, enquanto no mercado paralelo a transacção (compra de moeda europeia na rua) é feita à volta de 440 kwanzas.