Em comunicado a que a Lusa teve acesso, a Sonangol Logística, empresa do grupo petrolífero estatal responsável pela distribuição de combustíveis, explica que está a "experimentar sérias dificuldades na atracagem do navio de combustível na província de Cabinda".
"As turbulentas condições marítimas na costa da referida província, com forte agitação nas últimas duas semanas, impõem à Sonangol Logística um cenário que dificulta o aprovisionamento com a regularidade desejada, situação que resulta na redução da disponibilidade de combustível", refere o comunicado.
Devido à sua localização geográfica, entre a República Democrática do Congo e a República do Congo, aquele enclave só pode ser abastecido por via marítima.
A petrolífera acrescenta que neste momento um navio "carregado de gasóleo e gasolina encontra-se ao largo" de Cabinda, "aguardando por melhorias nas condições marítimas para proceder à atracagem e ao respectivo abastecimento", garantindo que estão a tentar "mitigar os efeitos" deste problema, "garantir a reposição da normalidade e a consequentemente eliminação dos focos de especulação".
"Pelo que apelam à compreensão e à calma dos consumidores", lê-se no mesmo comunicado, no qual, por outro lado, a Sonangol garante "haver disponibilidade de quantidades significativas de combustível para todo o mercado nacional".
Apesar de ser o segundo maior produtor de petróleo em África, o nosso país importa cerca de 80 por cento dos combustíveis que consome, devido à reduzida capacidade de refinação interna.