Os números foram anunciados pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, durante o encontro de quadros do sector, realizado em Luanda, e referem-se ao cadastramento público destes profissionais, processo que decorre desde o final de 2014. "Estamos em presença de um universo que nos deixa, de certo modo, tranquilos para poder fazer andar o Planageo e também para dar resposta quando estiver a ser implementado, em termos de exploração mineira", apontou o governante, em declarações aos jornalistas.
De acordo com os registos realizado até 24 de Junho, Angola conta com 1284 profissionais do sector das geociências, dos quais 425 são licenciados e 106 são pós-graduados, mestres ou doutores. Em causa está a necessidade de profissionais especializados para tratar o volume de informação que vai ser gerada através do Planageo, que arrancou em Maio de 2014 e que está avaliado em 405 milhões de dólares.
Este programa permitirá, até 2017, fazer o mapeamento dos potenciais recursos mineiros, envolvendo levantamentos aéreos, recolha e análise de amostras, sendo classificado pelo Governo angolano como um instrumento estrutural na estratégia de diversificar a economia, além do petróleo. O Planageo prevê o recrutamento de 276 quadros superiores na área das geociências, 148 dos quais no âmbito dos contratos com as empresas prestadores do serviço, que avançará entretanto para a fase de recolha de amostras no terreno.
Este recrutamento será feito ao abrigo do Plano Nacional de Formação de Quadros, tema analisado esta terça-feira em Luanda, no âmbito do encontro promovido pelo Ministério da Geologia e Minas. "Aquilo que encontramos em termos da reacção da comunidade geocientista aqui presente é muito positiva, demonstra que estão a acompanhar de perto o que se está a passar no Planageo e que têm ideias muito concretas sobre aquilo que é este projecto, o seu impacto e importância para a economia nacional", sublinhou o ministro Francisco Queiroz.
Na abertura do encontro, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, sublinhou que o país está agora dotado de instrumentos necessários "para impulsionar a diversificação da estrutura económica nacional" através da exploração mineira.
"O sector de Geologia e Minas pode, inegavelmente, contribuir para o aumento das receitas fiscais e patrimoniais do Estado, para a geração de emprego e para a melhoria das condições sociais das populações", enfatizou o governante, reconhecendo a necessidade de quadros formados para tirar partido do Planageo.