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Governo recebe propostas até 30 Junho para a compra de 49 por cento da Secil Lobito

O Governo lançou a privatização de 49 por cento da cimenteira Secil Lobito, a quarta maior a operar no país, e recebe propostas até 30 de Junho, sendo que a portuguesa Secil, accionista maioritária, reiterou que está a “acompanhar” o processo.

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Numa nota publicada no dia 26 de Maio, o Ministério das Finanças indicou que, "no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV), o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) vem pela presente tornar público que deu início ao processo de privatização de 49 por cento do capital social da Secil Companhia De Cimentos Do Lobito, S.A, detido indirectamente pelo Estado através da ENCIME - Empresa Nacional de Cimentos, U.E.E.".

O Governo de Luanda deu conta de que "a privatização será feita por via de Concurso Público, na modalidade de Alienação de Participações Sociais" e que o concurso "está aberto para investidores nacionais e estrangeiros devidamente qualificados para o efeito, que devem apresentar as suas candidaturas ao IGAPE, de Segunda a Sexta-feira, das 08h00 as 15h30, a contar da data do anúncio do concurso até ao dia 30 de Junho de 2022".

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Secil, accionista maioritária da Secil Lobito, reiterou, como já tinha feito em Janeiro, que "está a acompanhar o processo de privatização dos 49 por cento da ENCIME nesta empresa, ponderando todas as possibilidades da sua reconfiguração societária, nos termos do concurso de privatização e dos estatutos da Secil Lobito".

De acordo com uma apresentação publicada pelo Ministério das Finanças angolano, a Secil Lobito é a quarta maior empresa de cimento a operar no país.

"O sector tem cinco operadores principais, sendo que 85 por cento da produção de mercado é detida pelos três maiores produtores (CIF, CIMANGOLA, FCKS)", refere.

A Secil Lobito tem uma quota de mercado de 4 por cento e cerca de 100 funcionários, segundo os mesmos dados.

Por outro lado, o mercado nacional "tem um consumo anual de 1,9 milhões de toneladas por ano, enquanto a capacidade máxima de produção pode chegar a 8,3 milhões de toneladas", informou.

No seu 'site', a empresa portuguesa conta que o seu regresso a Angola aconteceu em 2004, "com a TecnoSecil, empresa liderada pela Secil, a explorar a fábrica de cimentos angolana Encime, localizada no Lobito".

"Dois anos mais tarde, a TecnoSecil passou a designar-se Secil Angola, Investimentos e Participações, SA. Actualmente detém 51 por cento da Secil Lobito e está presente em Angola com uma moagem de cimento, estando em projecto a construção de uma nova fábrica de cimento. A capacidade anual de produção é de 350 mil toneladas de cimento", referiu.

O valor da venda, segundo a informação publicada por Luanda, depende de uma avaliação.

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