Actualmente, o Egipto já tem representação em solo angolano, contando com algumas empresas a operarem nos sectores alimentar, agro-pecuário e infra-estruturas. Segundo a Televisão Pública de Angola (TPA), a presença destas empresas egípcias em território angolano espelha um investimento superior a três mil milhões de dólares em Angola.
No entanto, o interesse em continuar a investir em Angola mantém-se. Nesse sentido, a delegação egípcia que está em Luanda para participar num fórum de negócios, mostra-se pronta para abrir os cordões à bolsa e investir nos vários sectores de actividade de Angola, adianta a TPA.
Do lado de Angola, a intenção é reforçar as relações com o Egipto. Segundo Domingos Vieira Lopes, secretário de Estado do Ministério das Relações Exteriores, "é pretensão do Governo de Angola, no âmbito da cooperação com o Egipto, fortalecer as relações comerciais".
"Nesse sentido, temos perfeito conhecimento que a indústria de engenharia é um dos principais motores do comércio industrial externo do Egipto", acrescentou.
Citado pela TPA, o secretário disse ainda que pretendem "aproveitar o forte potencial desta engenharia industrial com destaque para os principais produtos de exportação que incluem electrodomésticos, componentes de automóveis, indústrias eléctricas e electrónicas para dar continuidade à nossa aposta na diversificação da economia nacional".
Por sua vez, o embaixador de Angola no Egipto, Nelson Cosme, também citado pela TPA, disse que as exportações do Egipto relativamente a Angola são baixas: "As exportações do Egipto em relação a Angola neste domínio representam 0,015 por cento daí a presença deles, a vinda cá para ver se podem desenvolver com os parceiros angolanos este sector industrial, que me parece importante para a dinamização da economia".
A delegação egípcia é composta por representantes de 15 empresas do Egipto, desejosas por firmar parcerias, adianta a TPA.
Sobre o fórum – que durará três dias na capital – o embaixador do Egipto em Angola, Mohammed Safwat, considerou que este "tem também como principal objectivo a capitalização da troca de conhecimentos e a entrada da experiência egípcia para o mercado angolano e obviamente é a expectativa é que a experiência angolana entre também para o mercado egípcio".