O debate insere-se no âmbito da terceira edição do Fórum Aswan Para a Paz e o Desenvolvimento Sustentáveis, que decorre entre 21 e 22 de Junho no Cairo, em modelo híbrido – presencial e digital, anunciou Ahmed Abdellatif, director-geral do Centro Internacional do Cairo para Resolução de Conflitos, Manutenção da Paz e Construção da Paz, que organiza o Fórum.
Sob o tema "África numa era de riscos em cascata e vulnerabilidade climática: Caminhos para um continente pacífico, resiliente e sustentável", o Fórum vai focar-se em vários fatores que influenciam a paz e a segurança no continente, nomeadamente as alterações climáticas ou a crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, mas também a cultura e a herança.
"África é rica em diversidade cultural. No ano passado, o tema do ano da União Africana foi Herança Cultural e Paz, como podemos aproveitar a herança cultural para a paz", lembrou o responsável numa videoconferência de imprensa para apresentar o Fórum Aswan.
Abdellatif lembrou que, desde a anterior edição do Fórum Aswan, em 2021, o organismo tem uma parceria com a Bienal de Luanda – Fórum Pan-Africano para a Cultura e a Paz, uma iniciativa do Governo de Angola e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Há uma ligação entre nós, um Fórum sobre paz e segurança que reconhece a importância da cultura para a paz e a Bienal de Luanda que é um fórum mais centrado na cultura, mas que também reconhece a importância da cultura. Por isso vimos de dois lados diferentes da equação, mas é disso que precisamos", afirmou.
"Precisamos que os fóruns voltados para a cultura e aqueles voltados para a paz e a segurança se juntem e quebrem as barreiras", acrescentou.
Por isso, na edição deste ano do Fórum Aswan haverá "uma sessão sobre a cultura de paz, com a Bienal de Luanda, a UNESCO e o Governo de Angola, com artistas que falarão sobre as suas experiências e iniciativas neste sentido", concluiu.