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Mais de 300 mil cabeças de gado foram já imunizadas na região sul de Angola

Uma campanha de vacinação bovina, que conta com o apoio da União Europeia (UE), permitiu já a imunização, desde Maio, de mais de 300 mil cabeças de gado na região sul de Angola, informou esta Quarta-feira a organização.

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De acordo com um comunicado da União Europeia, a que a Lusa teve acesso, a campanha iniciou-se a 2 de Maio, no município de Caluquembe, província da Huíla, com a previsão de três meses de duração.

A Campanha Nacional de Vacinação Bovina é uma actividade promovida pelo Ministério da Agricultura realizada por intermédio do Instituto dos Serviços de Veterinária, em parceria com os governos provinciais, que delegam nas administrações municipais.

A nota sublinhou que as províncias da Huíla, Cunene e Namibe concentram grande parte do efectivo animal, tendo a Huíla um milhão e 270 mil cabeças de gado, o Cunene um milhão e 250 mil e o Namibe 600 mil.

"Nessa região, a campanha é apoiada pelo Programa Fresan [Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional]/Camões I.P., financiado pela União Europeia, através da aquisição de equipamentos para o armazenamento e conservação das vacinas de forma a garantir uma rede de frio que permita salvaguardar as características iniciais para assegurar a imunidade", indicou o documento.

As vacinas aplicadas são direccionadas fundamentalmente para o combate à pleuropneumonia contagiosa, carbúnculo hemático, carbúnculo sintomático e dermatite nodular, que têm sido a causa de morte de um número considerável do gado nacional.

A par da campanha de vacinação bovina, está a ser efectuada a recolha de amostras para um estudo veterinário, com o objectivo de determinar a distribuição específica das enfermidades para cada região.

"Com os resultados desse estudo será produzido um mapa de controlo sanitário, onde constarão considerações e recomendações oficiais para as vacinas necessárias e para o tratamento das doenças por cada região", indicou a nota.

O director do Instituto dos Serviços Veterinários, Henrique Gimi, citado no documento, considerou a cooperação com o Fresan necessária, e que "tem sido útil de várias maneiras, principalmente na rede de frio: uma componente indispensável na conservação de vacinas".

"Sem uma rede de frio funcional seria muito difícil levar as vacinas pelos municípios", declarou.

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