Angola tem aptidão para desenvolver a agricultura pois, além de possuir terras cultiváveis, tem vantagem por estar em duas regiões (África central e austral). Porém, a dependência do petróleo tem sido até agora o principal inimigo da agricultura conforme afirma Pacheco, fundador da ADRA, pois há uma certa resistência do governo em diversificar a economia. Tem sido recorrente nos discursos presidenciais a questão da diversificação da economia do País e a importância da agricultura. Porém, na prática, as acções do governo ainda deixam muito a desejar.
A maioria dos programas voltados para agricultura não atingem a metade dos objectivos propostos, existem poucas instituições agrárias no país e o governo tem investido recursos insignificantes no Orçamento Geral do Estado (OGE) para o sector agrícola.
É fundamental que o Estado crie programas com objectivo de melhorar e desenvolver o sector agropecuário e que possam incentivar a sociedade juvenil a ter interesse na agricultura.
Enquanto isso, os conhecimentos tradicionais referentes às técnicas de cultivo passadas de geração em geração pelos nossos ancestrais vão se perdendo aos poucos. Grande parte dos jovens limitam-se a aderir esse tipo de trabalho e muitos produtores mais velhos já não se encontram física e emocionalmente saudáveis para dar continuidade à prática.
Quando é que o governo angolano irá realmente diversificar a economia do País e apostar na agricultura? Como é que o estado pode atrair jovens para o sector? Está a sociedade angolana ciente da importância dessa temática?
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