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Política

Oposição exige que Governo resolva situação dos médicos desempregados

O grupo parlamentar da UNITA, exigiu esta Terça-feira ao Governo que tome medidas - "com a devida urgência e sensibilidade humana" - contra as dificuldades que afectam mais de 2500 médicos angolanos no desemprego.

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Segundo o líder do grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chiaka, o partido está a acompanhar "com preocupação" as manifestações dos médicos angolanos sobre a sua situação.

Em causa está a reclamação dos profissionais de saúde, apoiada pelo Sindicato Nacional de Médicos de Angola (Sinmea), sobre a situação de mais de 2500 médicos nacionais que se encontram no desemprego.

Liberty Chiaka sublinhou que a justificação do Governo para a contratação dos médicos cubanos, nos últimos dias, em detrimento de funcionários nacionais, "não convence nenhum angolano", criticando o que disse ser a "perspectiva casuística" da gestão da coisa pública que o executivo tem feito.

Os custos para a contratação de médicos especialistas cubanos para assistência médica em Angola ascendem a mais de 70 milhões de dólares, despesa autorizada por despacho presidencial.

A contratação dos especialistas cubanos visa assegurar assistência médica às populações e formar profissionais nacionais, mas o diploma não faz referência ao combate à covid-19.

"Olhemos para o presente, sobretudo perspectivando o futuro, os angolanos estão aqui para ficar, os médicos expatriados vêm por um determinado tempo e depois vão regressar, aquele que tem que ficar no terreno é o médico angolano", realçou o deputado.

Para Liberty Cchiaka, a situação é "mais grave" quando existem 2500 médicos desempregados e são recrutados 260 médicos estrangeiros.

"Não se pode aceitar isso", disse, exprimindo a posição do partido e os passos a serem dados pelo grupo parlamentar.

"Tivemos conhecimento que endereçaram as mesmas preocupações à sexta comissão de especialidade da Assembleia Nacional, que não deu o devido tratamento e nós vamos assumir a nossa responsabilidade, advogar junto da Assembleia Nacional que se dê o devido tratamento e manifestar aqui a nossa posição de discórdia em relação à estratégia que o Governo adoptou", sublinhou.

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