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Angola quer lapidar no país 20 por cento dos diamantes brutos que produz

Angola quer lapidar 20 por cento dos diamantes brutos que produz, anunciou esta Segunda-feira o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerando ser um "desafio enorme", porque o país lapida actualmente apenas 2 por cento da sua produção.

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Segundo o governante, que falava em Luanda, durante a cerimónia de apresentação do Polo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, a "meta essencial" que reconhece não ser fácil de atingir surge no âmbito da nova política de comercialização de diamantes e o seu regulamento.

"Efectivamente é um desafio enorme, não é fácil chegar a 20 por cento da lapidação, hoje talvez estejamos a lapidar cerca de 2 por cento da nossa produção, é irrisório e por isso para chegarmos aos 20 por cento vamos ter que trabalhar muito", afirmou.

Para Diamantino Pedro Azevedo, no decurso das acções do sector esta meta estará patente, admitindo, no entanto, que a mesma "não será atingida neste e nem provavelmente no próximo mandato", mas, insistiu, "é o desafio” que pretende atingir.

Angola produz cerca de 9 milhões de quilates de diamantes/ano e cerca de 90 por cento produção tem origem na província da Lunda Sul, leste do país, onde está a ser construído o polo orçado em 77 milhões de dólares.

O ministro considerou também que a pandemia de covid-19 veio "agravar ainda mais" as dificuldades da indústria diamantífera, uma vez que os "diamantes sintéticos tornam igualmente mais difícil a actividade de diamantes naturais".

"E isso exige de nós mais responsabilidade e trabalho", exortou o governante aos operadores presentes na cerimónia.

Quatro fábricas de lapidação de diamantes operam em Angola, todas em Luanda, e no polo de Saurimo, cuja conclusão está prevista para novembro próximo, deve congregar mais quatro fábricas de lapidação.

De acordo ainda com o governante, as quatro fábricas de lapidação em construção no polo de Saurimo, Lunda Sul, constituem "âncoras do projecto como garantias de materialização do empreendimento".

"E esta infra-estrutura está ser erguida em Saurimo, porque não seria fácil iniciar polos de lapidação ao mesmo tempo em várias províncias", explicou.

As autoridades estimam que o Polo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, infra-estrutura que está a ser erguida numa área de mais de 305 mil quilómetros quadrados, deve criar cerca de 5000 empregos directos e indirectos.

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