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ENSA fechou 2019 com resultado líquido negativo mas manteve-se líder de mercado

A ENSA, seguradora pública nacional, registou, em 2019, um resultado líquido negativo de 9,9 mil milhões de kwanzas, devido ao saneamento financeiro das contas, "que foi abrupto, mas necessário para a estabilidade da empresa”.

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Os dados foram esta Terça-feira apresentados em conferência de imprensa, com a presença do presidente do Conselho de Administração da ENSA, Carlos de Almeida Duarte, administradores e do presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar.

A empresa destaca no relatório apresentado que foi empreendido um esforço de saneamento financeiro das contas, "assente na implementação de uma política mais conservadora quanto à constituição de provisões técnicas e de provisões de prémios em cobrança, os quais, com a conjuntura económica global desfavorável, tenderam a se agravar em volume e antiguidade".

"Em consequência desse saneamento, que foi abrupto, mas necessário para a estabilidade da empresa, a ENSA encerrou o ano de 2019 com um resultado líquido negativo de 9,945 mil milhões de kwanzas, mas uma solvabilidade em linha com as exigências regulatórias", refere o documento.

Contudo, a seguradora registou um crescimento de 34 por cento no volume de prémios brutos emitidos, no valor de mais de 63,7 mil milhões de kwanzas, tendo a saúde representado 49 por cento do volume de negócio da empresa, seguida dos acidentes de trabalho (17 por cento), petroquímica (16 por cento), automóvel (8 por cento) e transportes (5 por cento).

A seguradora pública, em processo de privatização, manteve-se como líder do mercado com uma quota de 35,29 por cento, invertendo a tendência de queda de mercado dos últimos anos.

Nos principais indicadores da seguradora, refere-se que em 2019 as dificuldades para cobrar prémios registaram um aumento de 21 por cento, com uma tendência de perda significativa de negócio de 11 por cento.

Sobre a influência da pandemia da covid-19 nos resultados da seguradora, a empresa admitiu que já se observa o impacto, salientando que, principalmente os clientes particulares, estão a adiar os seus pagamentos "porque agora têm uma preocupação com aquilo que se está a passar".

"Não se podem deslocar, estão limitados na sua acção, mas existe esse impacto, fundamentalmente para o seguro automóvel e para os clientes particulares, numa redução na ordem dos 40 por cento", referiu o administrador comercial da ENSA, Mário Mota Lemos.

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