O contrato de cedência da carteira do malparado do BPC à Recredit – Gestão de Activos, sociedade anónima detida pelo Estado que, na Segunda-feira, anunciou a recuperação de 1,5 mil milhões de kwanzas de uma das empresas devedoras do BPC, foi assinado pelos presidentes do conselho de administração das duas instituições.
Em declarações à margem do acto, o presidente do conselho de administração da Recredit, Valter Dias de Barros, disse que a estratégia de recuperação privilegia a negociação amigável com os clientes, não inviabilizando o recurso à via judicial quando a situação assim exigir.
"Vamos fazer a negociação amigável com estes clientes e sempre que não conseguirmos recuperar pela via extra-judicial, vamos utilizar todos os recursos que a lei nos permite para reaver esta carteira de crédito", referiu o responsável, citado pela Angop.
Segundo o responsável, o objectivo é recuperar o máximo da carteira de crédito, que foi avaliada em 6 por cento do total da carteira, no processo de avaliação de qualidade de activos que o Banco Nacional de Angola injectou junto dos bancos comerciais.
Já o presidente do conselho de administração do BPC, André Lopes, referiu que estão criadas as condições, com a cedência de parte da carteira de crédito do banco, para que no futuro o processo de cobrança e regularização das dívidas passe a ser feito por uma entidade privada.