O anúncio foi feito por Jânio Corrêa Victor quando procedia à abertura da primeira edição do “Angola Mining Talks”, organizado pela empresa privada “Bumbar”, com apoio do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e a Ordem dos Engenheiros.
O governante referiu que numa altura em que o sector se encontra num processo de transparência e abertura, a criação de uma agência só traz vantagens, libertando a Endiama e a Ferrangol para o seu ‘core business’.
“Com esta agência queremos retirar o papel de concessionário das nossas empresas públicas e dá-lo à agência e com isso vamos fazer com que as nossas empresas públicas do sector se concentrem mais no seu foco, que tem haver com toda a cadeia de valor, que começa com a prospecção, produção até a comercialização dos produtos minerais”, disse Jânio Corrêa Victor em declarações à rádio pública.
O Governo, no âmbito do processo de reestruturação do sector petrolífero em curso, criou em Fevereiro a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, que retirou à Sonangol, petrolífera estatal, o papel de concessionária, com o mesmo objectivo com que pretende criar agora a futura Agência Nacional dos Recursos Minerais.
Mais concretamente sobre os diamantes, o secretário de Estado para a Geologia e Minas referiu que a nova política de comercialização deste mineral fez com que o subsector dos diamantes “ficasse mais aberto e mais transparente”.
“E temos estado a registar um aumento substancial da produção e também de receitas provenientes das vendas”, frisou.
Angola arrecadou até ao primeiro trimestre deste ano, segundo a Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM) 368,66 milhões de dólares pela comercialização de 2,6 toneladas de diamantes, o correspondente a um aumento de cerca de 31,5 por cento em relação ao mesmo período de 2018.