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Angola acolhe em Setembro primeira edição da Bienal de Luanda

O Governo anunciou que Angola vai acolher, de 18 a 22 de Setembro, a primeira edição da Bienal de Luanda - Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, que vai reunir 16 países africanos, esperando-se 600 participantes internacionais.

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O anúncio foi feito numa cerimónia que contou com a participação de membros do executivo, do director-geral adjunto da UNESCO, Firmin Matoko, da representante da Comissária para os Assuntos Sociais da União Africana, Ângela Martins, e do coordenador do Sistema das Nações Unidas em Angola, Paolo Baladelli.

Na sua intervenção, a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, ex-ministra da Cultura, disse que o país acolhe esta bienal na sequência de um compromisso assumido pelo chefe de Estado, João Lourenço, em França, aquando da sua visita oficial àquele país, em Maio de 2018.

Carolina Cerqueira referiu que Angola vai acolher também a II edição da bienal, em 2021, podendo ser prorrogada por mais uma edição, após avaliação pelas partes.

Segundo a ministra de Estado para a Área Social de Angola, a Bienal de Luanda - Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz "vai promover a imagem de África, como continente berço da humanidade e a sua contribuição para a paz mundial, a amizade e fraternidade entre os povos das mais diferentes latitudes".

Ao apresentar os objectivos da bienal, a coordenadora da Comissão Nacional Organizadora, Alexandra Aparício, disse que estão confirmadas as presenças de Cabo Verde, Egipto, Marrocos, Quénia, Mali, República do Congo, Brasil e Itália, enquanto a Etiópia, Namíbia, África do Sul, República Democrática do Congo e Nigéria já manifestaram disponibilidade para participar do evento.

Alexandra Aparício referiu que a bienal é uma plataforma para promover a diversidade cultural e a unidade africana, um lugar propício para intercâmbios culturais e intra-africanos, sendo uma reunião especial, que reúne a cada dois anos atores e parceiros de um movimento pan-africano para a prevenção da violência e dos conflitos e a consolidação da paz.

Os cinco dias de evento serão marcados pela realização de fóruns de ideias, festival de culturas, aliança de culturas e desportos a favor da paz e aliança dos parceiros para a cultura de paz em África.

Segundo a coordenadora da comissão de preparação do evento, no fórum de ideias são focos temáticos os refugiados, retornados e deslocados internos em África, a africanidade global, ou seja, as ligações entre África e as diásporas, a prevenção da violência, resolução e mitigação de conflitos através da cultura e da educação, a prevenção de conflitos em torno dos recursos naturais transfronteiriços, entre outros.

"Além dos fóruns serão ainda realizados outros debates em torno de temas como a não violência no desporto, que contará com a presença de celebridades desportivas, que pretendem partilhar as suas experiências, entre elas o futebolista [costa-marfinense] Didier Drogba", disse Alexandra Aparício.

Por sua vez, o director-geral adjunto da UNESCO, Firmin Matoko, referiu que a bienal de Luanda pretende dar um "novo ímpeto à cultura de paz", mostrando que o movimento mundial nesse sentido lançado há sete anos está a crescer e a ser enriquecido por mais experiências compartilhadas por homens e mulheres.

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