O anúncio foi feito após um encontro na Terça-feira, em Caracas, com a embaixadora da República de Angola, Filomena da Cunha, durante o qual os dois responsáveis falaram sobre as oportunidades de desenvolvimento local para investidores nacionais e estrangeiros.
Essas oportunidades têm a ver com o Arco Mineiro do Orinoco (AMO), uma zona situada a sudoeste de Caracas, com 111 mil quilómetros quadrados, onde, segundo as autoridades venezuelanas, existem jazidas de ouro, níquel, coltan, pedras preciosas, ferro, bauxite e outros minerais com um alto valor industrial.
O desenvolvimento do AMO faz parte da Agenda Económica Bolivariana e visa o reequilíbrio da economia venezuelana, afectada pela descida dos preços internacionais do petróleo.
O Governo venezuelano apresentou, recentemente, propostas de exploração de ouro, diamantes, ferro e alumínio, a 35 países, revelando que o AMO possui à volta de 200 milhões de toneladas de bauxite e 44 mil toneladas de outros minérios, como ouro ou diamantes.
A Venezuela está a trabalhar para ser reincorporada como membro pleno do Sistema de Certificação Processo Kimberley, de modo a comercializar diamantes segundo a regulamentação internacional, numa estratégia que visa diminuir a excessiva dependência do país em relação aos preços do petróleo.