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Angola prevê 30 novas minas com levantamento geológico em curso

O levantamento aéreo sobre os recursos minerais de Angola já permitiu identificar 191 áreas de suscetível interesse mineiro, prevendo-se um potencial para 30 novas minas, disse hoje o titular da pasta da Geologia e Minas.

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Francisco Queiroz, que falava em conferência de imprensa sobre o setor que dirige, disse que o Plano Nacional de Geologia (Planageo) está na sua fase final de levantamento aerogeofísico, tendo já radiografado oito dos 18 blocos previstos no plano.

O ministro da Geologia e Minas de Angola referiu ainda que os oito blocos cobertos até ao momento já foram interpretados e detetadas 973 anomalias (possível existência de recursos mineiros), entre as quais 191 são prioritárias.

"Segundo os estudos, dessas 973 anomalias, se 1% der origem a grandes minas, poderemos estar a falar de 30 minas de referência em Angola, mas ainda só estão interpretadas 30% das recolhas feitas pelos aviões. Quer dizer que ainda faltam 70%", avançou o ministro.

O governante angolano avançou a possibilidade de virem a ser identificadas ainda cerca de 3.000 anomalias quando concluídos os estudos de 70% do restante do território angolano e uma base de mineração na ordem de 30 minas de grande dimensão, até ao final da execução do projeto.

"Isto pode dar lugar a uma alteração na estrutura da nossa economia, isto no sentido de conferir ao setor mineiro uma grande relevância em termos de contribuir para a arrecadação de receitas fiscais e alterar a estrutura financeira do país", disse Francisco Queiroz.

A crise financeira atual que Angola enfrenta devido à baixa do preço do petróleo atrasou a execução do Planageo, avaliado em 405 milhões de dólares.

"Estava a ser financiado por recursos ordinários do Tesouro, que diminuíram, houve que encontrar soluções alternativas, que neste momento estão equacionadas, que é a transferência para linhas de financiamento de Estado a Estado, é evidente que esta operação fez com que houvesse algum atraso", frisou.

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