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Economia

Angola quer emitir divida internacional para garantir financiamento do Orçamento Geral do Estado

A vice-governadora do Banco Nacional de Angola (BNA) afirmou que o país quer emitir dívida no mercado internacional, para garantir o financiamento do orçamento de 2015, compensando as quebras nas receitas petrolíferas.

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“Tivemos de fazer uma revisão de todos os indicadores macroeconómicos, exactamente por causa da redução do preço do petróleo”, disse Catarina Van-Dúnem, durante a sua intervenção no XXV Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa.

A responsável, que esteve em Lisboa em substituição do governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior - impedido de sair de Luanda “devido à situação económica de urgência que estamos a atravessar” – disse ainda que a desvalorização do kwanza foi acima do esperado. “Inicialmente projectamos uma taxa de câmbio de 112 kwanzas por dólar até ao final do ano, mas neste momento já estamos em 120”. “Estamos a olhar para os indicadores, e a ponderar quais os elementos que devemos rever”, acrescentou.

A vice-governadora previu também “reduções substanciais” a nível das importações, como consequência do choque acentuado nas contas externas angolanas. Devido à quebra, de 55 por cento, na cotação internacional do barril de petróleo, Angola teve que rever o seu Orçamento Geral de Estado, em que a previsão da cotação do barril de crude para exportação, necessária para a estimativa das receitas fiscais, desceu de 81 para 40 dólares.

Esta revisão fez reduzir o peso do petróleo nas receitas fiscais angolanas de 70 por cento em 2014 para 36,5 por cento este ano. Contudo, o barril de crude está a ser cotado nos últimos dias ligeiramente abaixo dos 60 dólares. O novo Orçamento implicou um corte de mais de um terço nas despesas totais e 25 por cento nas despesas correntes.

A proposta fixou um défice orçamental de 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), face aos 7,6 por cento do documento que entrou em vigor a 1 de Janeiro. O "buraco" nas contas públicas angolanas de 2015 está agora avaliado em 806,5 mil milhões de kwanzas. A previsão da taxa de crescimento do PIB angolano foi reduzida de 9,7 para 6,6 por cento, enquanto a inflação estimada sobe de 7 para 9 por cento.

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