A posição foi assumida pelo general Pedro Neto no encerramento da Conferência Nacional de Futebol, em Luanda, após três dias de abordagem à situação da modalidade no país com dezenas de delegados angolanos e especialistas internacionais. "A médio prazo a FAF suporta a iniciativa da criação da Liga Profissional de Futebol, dentro da sua estrutura, como órgão máximo na organização dos jogos da competição profissional", afirmou Pedro Neto.
O presidente da federação sublinhou, contudo, que a decisão está igualmente dependente, além da vontade dos clubes, também do Governo angolano. "Esta acção deve ser na perspectiva de a liga substituir paulatinamente o Estado como principal financiador do futebol angolano, canalizando esses recursos para outras áreas necessárias ao desenvolvimento do país", apontou.
Além da profissionalização da estrutura competitiva, a FAF apresentou o seu plano estratégico a implementar até 2022, prevendo, entre outros aspectos, "devolver ao futebol angolano o estatuto de primeira modalidade desportiva do país". "Assente na sua génese no desenvolvimento da formação de jovens atletas, mas também de quadros profissionais a todos os níveis", sublinhou Pedro Neto.
A criação da casa das selecções, para detecção de talentos, treino e alto rendimento, a expansão e melhoria do parque de instalações desportivas, além de "melhorar a participação nas competições internacionais a nível de clubes e selecções" são objectivos traçados pela federação angolana.