Segundo o director nacional das Florestas, Domingos Nazaré, o trabalho levado a cabo pelo Ministério da Agricultura incidirá sobretudo no conflito entre elefantes e homens, que tem preocupado sobremaneira populares das províncias de Cabinda, Uíge, Bengo, Cuanza Norte, Malanje, Moxico, Cunene e Cuando Cubango.
O responsável disse que são constantes as queixas de camponeses nessas regiões, que perdem as suas plantações, destruídas por elefantes, resultando alguns casos em mortes de populares. "Queremos, em primeiro lugar, cadastrar estes casos. Estamos a fazer um levantamento e mapear as ocorrências para que todos estes acontecimentos fiquem registados", disse Domingos Nazaré, citado hoje pela agência noticiosa angolana, Angop.
Domingos Nazaré referiu que o plano tem ainda o objectivo de conhecer o comportamento dos animais, suas proveniências e rotas utilizadas, para a tomada de medidas com vista a alterar a situação. Uma das medidas previstas, segundo adiantou o responsável, visa transferir os animais das áreas em conflito, para zonas longínquas ou um parque nacional.
O conflito homem/animal intensificou-se em Angola depois do fim da guerra, em 2002, com o regresso, sobretudo de elefantes, ao seu habitat, ocupado por populares e originando dessa forma o problema. A invasão por elefantes, igualmente por hipopótamos, tem causado a destruição de extensas áreas de cultivo e de zonas residenciais. O uso de técnicas tradicionais para afastar os animais, como a queimada de pneus, o uso de latas e apitos, entre outras já não resulta, segundo os camponeses.