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Vice-PR diz que defesa da paz e democracia é um “desafio para todas as mulheres”

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, reconheceu que a paz e a democracia “representam bens inalienáveis e impenhoráveis dos nossos povos, sendo a sua defesa um desafio para todas as mulheres”.

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A afirmação foi feita esta Quinta-feira, durante o seu discurso na abertura do primeiro Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia, que vai decorrer até Sexta-feira, em Luanda, sob o lema "Inovação Tecnológica como Ferramenta do Alcance para a Segurança Alimentar e Combate à Seca no Continente Africano".

"É mais do que justo reconhecer que a paz e a democracia, representam bens inalienáveis e impenhoráveis dos nossos povos, sendo a sua defesa um desafio para todas as mulheres, em cada lugar e em todos os tempos, sem os quais não poderemos promover os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, os valores do desenvolvimento e da prosperidade", disse.

Na ocasião, a vice-PR disse igualmente que "o papel da mulher deve ser destacado nos diferentes domínios, nomeadamente, na política, na economia, na ciência e inovação, mas também na música, na cultura e no desporto, merecendo especial atenção a mulher no meio rural, a luta contra a gravidez precoce, a promoção da escolarização e o combate à pobreza, conforme os compromissos internacionais assumidos" pelos Estados e governos.

Esperança da Costa aproveitou igualmente para lembrar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas "aprovou por unanimidade", em Outubro de 2000, a resolução 1325, "que reafirma a importância da participação das mulheres e da inclusão da perspectiva de género nas negociações de paz, planos humanitários, operações de manutenção da paz, da governança e construção da paz no pós-conflito".

Acrescentou que, como Estado-membro, o país "tem promovido a igualdade de direitos e de oportunidades, bem como a implementação do Plano Nacional de Acção para a Implementação da resolução 1325 (2000) sobre as Mulheres, Paz e Segurança", salientando ainda que "Angola atingiu a igualdade de género em mais de 40 por cento de mulheres na vida política e na liderança".

Ainda durante a sua intervenção, a vice-Presidente da República referiu que "em todas as esferas, a mulher, assume, cada vez mais, uma nova postura, um novo paradigma, independentemente da geografia e do campo de actuação, sendo que o seu papel multifacetado deixou de se limitar à administração do lar, da educação e cuidado dos filhos".

"Hoje, o seu papel passa também pela liderança de iniciativas na educação, na pesquisa, na tecnologia, na inovação e no desenvolvimento socioecónomico. Esse é o retracto da 'nova mulher', que se lança às oportunidades e revoluciona o empoderamento, a maternidade, a família e o voluntariado, nesta sociedade em plena transformação", destacou.

Esperança da Costa considerou igualmente ser necessário continuar a "superar as barreiras e condicionalismos socioculturais, estereótipos e preconceito", visto que a remoção destas "barreiras é tornar a mulher protagonista e agente das transformações da nossa época".

"Os actuais desafios da humanidade exigem um olhar mais atento à formação e à especialização da mulher. Urge reforçar a sua capacitação, particularmente, na alfabetização, no acesso equitativo à educação de qualidade, no ensino técnico e profissional, em alinhamento com o 4.º Objectivo de Desenvolvimento Sustentável", acrescentou a governante.

Entre outros aspectos, Esperança da Costa aproveitou igualmente para destacar que o Angola é um país de paz, pretendendo "continuar a contribuir" para um continente africano e um "mundo reconciliado, democrático e de paz".

"Angola é um país da paz com líder de paz, por isso, que queremos continuar a contribuir para uma África e um mundo reconciliado, democrático e de paz", indicou, acrescentando que "na busca incessante por estes valores, o chefe de Estado angolano, na qualidade de Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África, vem desenvolvendo uma série de iniciativas visando a promoção do diálogo e de processos políticos inclusivos que levem à resolução do conflito existente no leste da RDC, na República Centro Africana, no Sudão, e outras partes de África".

"No âmbito destes esforços, e tendo em conta o mandato conferido pela União Africana ao chefe de Estado angolano, como Campeão da Paz e Reconciliação Nacional em África, se pretende que as iniciativas angolanas, ainda circunscritas apenas à Região dos Grandes Lagos, se estendam a todas as zonas do continente africano, onde ainda persistem situações de insegurança e de conflito", acrescentou.

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