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Laúca assegura 40 por cento da energia eléctrica do país

O Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca – que tem uma capacidade instalada de 2070 megawatts e cujas obras de construção já se encontram concluídas – será capaz de atender 40 por cento da demanda energética do país, segundo o Presidente da República.

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Segundo um comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso, João Lourenço – em declarações à imprensa, na passada Sexta-feira, na infra-estrutura que fica localizada em Malanje – referiu que o país se encontra "muito próximo" de alcançar os 7000 megawatts, "a nível nacional, em termos de produção de energia eléctrica".

O chefe de Estado afirmou igualmente que a produção de energia eléctrica em Angola "inclui fontes variadas, como o Ciclo Combinado do Soyo, as barragens de Cambambe, de Capanda e, agora, a de Laúca, juntamente com as centrais fotovoltaicas do Biópio, da Baía Farta e de Caraculo, bem como as centrais térmicas em algumas províncias", lê-se no comunicado.

Na ocasião, o Presidente reiterou que a referida infra-estrutura "sozinha consegue satisfazer cerca de 40 por cento" da demanda energética do país. "Gostaria de dizer que hoje [Sexta-feira] é um dia de grande alegria, se tivermos em conta que aqui, a partir do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, viemos dar por concluídas as obras desta importante infra-estrutura energética para o nosso país. Digo importante, porque ela sozinha consegue satisfazer cerca de 40 por cento das necessidades de consumo de energia do nosso país", disse, após ter constatado a conclusão das obras da infra-estrutura de Laúca e de ter procedido ao descerramento da placa da central ecológica da mesma.

Além disso, o chefe de Estado aproveitou ainda a ocasião para destacar o facto de o empreendimento, "com seis unidades de tomadas de água, 2,2 milhões de metros cúbicos de escavação e 96 mil metros cúbicos de betão", ter sido totalmente erguido com recursos ordinários do Tesouro, sem recurso a qualquer linha de financiamento, acrescenta o comunicado.

"Esta Barragem de Laúca foi construída com recursos ordinários do Tesouro, o que é uma situação extraordinária. Um investimento desta envergadura é de preferência que tenha uma linha de financiamento segura. Lamentavelmente, não aconteceu com Laúca. Foi um esforço financeiro muito grande para a tesouraria do país, mas chegámos ao fim", afirmou, citado na nota.

João Lourenço fez ainda saber que o Governo se encontra à procura de investimentos privados (nacionais e estrangeiros) visando industrializar Angola.

"Queremos mais indústrias, porque elas produzem bens e serviços e dão bastante emprego. E não há indústria sem energia. Não há indústria sem infra-estruturas, energia, água e acessos. Portanto, o problema da energia está sendo resolvido e o que devo dizer é que a indústria está neste momento atrás da oferta de energia", referiu o Presidente.

Já sobre a Barragem de Caculo-Cabaça, o chefe de Estado avançou que "se tudo correr como previsto" a sua inauguração acontecerá em 2026. "Em princípio, se tudo correr bem, sobretudo com a questão da linha de financiamento, é muito provável que concluamos Caculo-Cabaça em 2026", adiantou.

João Lourenço garantiu ainda que o "problema energético no país está a ser resolvido, mas agora entende ser necessário investir na transportação da energia eléctrica produzida na Bacia do Cuanza e na rede domiciliária de praticamente todo o país", lê-se na nota.

Assim, salientou: "Já não estamos mal em termos de produção, mas ainda estamos mal em termos de levar essa produção para junto dos consumidores, quer com as linhas de transportação, quer com as redes domiciliária".

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