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Etu Energias quer produzir 50 mil barris de petróleo por dia até 2025

A Etu Energias, a maior companhia petrolífera privada angolana, planeia aumentar a produção para 50 mil barris por dia até 2025, na sequência da compra de blocos à Galp e à TotalEnergies.

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"O nosso objectivo é ser um operador excepcional nas águas profundas", disse o director executivo da petrolífera, Edson dos Santos, em entrevista à agência de informação financeira Bloomberg, na qual explicou que, depois da aquisição de vários blocos petrolíferos à portuguesa Galp e à francesa TotalEnergies, a estratégia de crescimento faseado assenta na utilização de novas tecnologias de perfuração.

A Etu Energias, a antiga Somoil Petrolífera Angolana, está em conversações que "estão a correr muito bem" com vários bancos europeus e africanos para garantir o financiamento necessário para mais aquisições, acrescentou o director executivo, escusando-se a nomear os bancos e as possíveis futuras aquisições.

A produção, aumentando a capacidade actual e juntando novos activos, pode chegar aos 100 mil barris diários até 2030, face aos 20 mil actuais, disse ainda Edson dos Santos, admitindo, ainda assim, que "a companhia acredita que ainda tem um longo caminho a percorrer até atingir os seus objectivos".

As declarações do director executivo da Etu Energias surge na mesma altura em que o sector petrolífero angolano interrompeu o ciclo de crescimento dos últimos três trimestres e contraiu 5 por cento, em resultado do declínio da produção e da paragem para manutenção do campo petrolífero Dália, no Bloco 17, o maior de Angola.

De acordo com as previsões do gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola, a produção de petróleo, face à queda na produção e tendo em conta que não estão previstos novos grandes projectos de investimento este ano, deverá cair em torno de 6 a 8 por cento em 2023, com a quebra nas receitas de exportação a sinalizar uma futura pressão no mercado cambial.

"Para já, os dados da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) demonstram que no primeiro trimestre de 2023 a produção petrolífera fixou-se em torno dos 1,07 milhões de barris dia (mbd), perfazendo uma contracção homologa de 7,2 por cento; por outro lado, os dados das exportações petrolífera indicam uma quebra homóloga de 6,6 por cento. Ou seja, o PIB petrolífero poderá ter caído numa magnitude similar no primeiro trimestre de 2023", refere a folha informativa divulgada este mês.

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