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REA mobilizou mais de 600 mil toneladas de produtos em 2022 visando equilibrar preços no mercado

Um total de 640 mil toneladas de produtos foram mobilizados, no ano passado, pelo Entreposto Aduaneiro de Angola, através da Reserva Estratégica Alimentar (REA), visando equilibrar os preços no mercado. Segundo o presidente do Conselho de Administração do Entreposto Aduaneiro, Eduardo Machado, foram despendidos 500 milhões de dólares na mobilização dos produtos.

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De acordo com o responsável, o valor varia consoante o seu preço no mercado: "500 milhões de dólares é o valor de movimentar fisicamente 640 mil toneladas métricas de produto. Deste valor varia muito em função do seu preço no mercado", disse, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA).

O valor despendido destinou-se à compra de alguns produtos alimentares que fazem parte da cesta básica, tais como o arroz, farinhas de trigo, milho, bombó, açúcar, feijão, massango, óleo alimentar e coxa de frango, que são bens maioritariamente importados, refere a Angop.

Já para este ano, devido ao programa de incentivo da produção nacional, a par das importações, a REA tem prevista uma reserva de cerca de 520 mil toneladas.

Relativamente a previsões para o presente ano, Eduardo Machado considerou que as aquisições podem ser superiores, dado que se observa a uma predisposição, com determinada inquietação, da alteração de "core business" de alguns agentes, por aferirem a diminuição das margens de lucros com a comercialização de bens da cesta básica actualmente com os preços de referência, escreve a Angop.

Certos agentes "não lhes interessa, ou seja, não têm grandes benefícios com os preços praticados actualmente", informou o responsável, acrescentando, citado pela Angop, que quando isso se verifica, é necessário substituir essa oferta, obrigando a REA a adoptar um comportamento com mais importância face ao que é a estabilidade da oferta e consoante o que será a conduta dos operadores.

Explicou igualmente que com o grau dos preços actualmente, continuam no mercado os agentes com determinada dimensão e expressividade no que é a sua capacidade e estrutura. No entanto, de outra forma, "os operadores vão sair do mercado e aí a REA vai ter de assumir o seu papel", acrescentando que não gostam de intervir.

"Não gostamos de fazer intervenções. Gostamos de ficar quietos e deixar o mercado funcionar por si só", disse o responsável, que, citado pela Angop, completou que a reserva se encontra pronta para ir até 1,2 mil milhões de toneladas no sentido de preservar os graus de preços vigentes.

De referir que o responsável falava esta Terça-feira, no âmbito da apresentação de um estudo acerca do impacto na REA no comportamento dos preços da cesta básica.

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