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Angola destaca “consolidação da concertação política e diplomática” para potenciar turismo na CPLP

O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente considerou esta Terça-feira a 11.ª reunião de ministros do Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) uma oportunidade para a “consolidação da concertação política e diplomática para o reforço do sector”.

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Filipe Zau, que falava na abertura do encontro, em Luanda, afirmou que a reunião visa a "efectiva cooperação" entre os Estados-membros para o "reforço da vertente económica e empresarial após um período difícil de crise, em consequência dos efeitos nefastos da covid-19".

"Este encontro constitui um recurso para o reforço das nossas relações de amizade e afectividade, bem como para o exercício da nossa cooperação multilateral, e também bilateral, para inovação em contexto de sustentabilidade ambiental", disse.

Angola lidera a presidência rotativa da CPLP e nesta reunião vai assumir a presidência da reunião de ministros do Turismo da organização, até agora a cargo de Cabo Verde.

Segundo Filipe Zau, o turismo "é, comprovadamente, um sector gerador de enormes expectativas para o fortalecimento das economias da comunidade, já que é através do investimento nacional e estrangeiro que se tornará possível angariar receitas necessárias para os desafios".

O reforço da coordenação política e a partilha de informação sobre a contribuição do turismo para a recuperação socioeconómica sustentável da CPLP, a consolidação da concertação política e diplomática sobre potenciais actividades de coordenação da CPLP visando o reforço do sector do turismo nos Estados-membros estão entre as motivações do encontro.

A reunião deve também retomar as anteriores deliberações das reuniões de ministros do Turismo da comunidade, avaliar o grau de execução do Plano de Acção do mandato anterior e identificar as prioridades para o período 2022-2024.

"Estamos, pois, confiantes, que, no seio da nossa comunidade, o turismo poder-nos-á ajudar a criar empregos, a melhorar a qualidade de vida das comunidades e a contribuir significativamente para a valorização e validação do património ambiental e cultural dos Estados membros da CPLP", concluiu.

O secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa, recordou, na abertura da reunião, que a pandemia "teve um impacto devastador na economia e no emprego, com a indústria do turismo a ser severamente atingida pelas medidas de contenção e mitigação da propagação do vírus".

No entender deste responsável, o reconhecimento da importância económica do turismo e a necessidade da sua recuperação sustentada e resiliente no pós-covid, "requerem da CPLP um olhar transversal integrado, que contribua para a formulação de políticas de turismo indutoras de um desenvolvimento que se pretende sustentável".

A estratégia de cooperação no sector do turismo, salientou, "alinha-se com outros sectores de desenvolvimento da CPLP, também estruturados em estratégias sectoriais e relevantes, para o desenvolvimento do sector turístico".

Zacarias da Costa renovou igualmente o compromisso do secretariado-executivo da CPLP em "retomar o diálogo" com a Organização Mundial do Turismo, visando a "renegociação do Memorando de Entendimento" entre as duas organizações.

"Para assim procurarmos sinergias e parcerias que contribuam para a realização do potencial que o turismo representa para os nossos Estados membros", rematou.

Além de Angola, participam presencialmente desta reunião os ministros do Turismo de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, enquanto os do Brasil e Timor-Leste participam por videoconferência.

"A contribuição do turismo para a recuperação socioeconómica sustentável da CPLP no pós-covid. Desafios e oportunidades" é o lema desta 11.ª reunião de Ministros do Turismo da CPLP.

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