Francisco André, que terminou esta Terça-feira uma visita que iniciou Sexta-feira a Angola, destacou entre os três objectivos essenciais da sua deslocação ao país o reforço das relações bilaterais, que é "muito forte, intensa, afectiva e que tem que ser acarinhada e alimentada em permanência".
Segundo o governante português, durante a sua permanência foram igualmente passados em revista os temas da agenda bilateral nas mais diversas áreas e realizada a conferência "Blue Talk", preparação da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, a ter lugar em Lisboa, em 27 de Junho.
O governante português frisou que teve ainda a oportunidade de visitar alguns projectos, entre os quais o emblemático da cooperação portuguesa e europeia, denominado Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (Fresan), que se encontra em implementação em três províncias.
"O balanço em qualquer um desses três temas é bastante positivo. No que diz respeito ao projecto Fresan, que visa capacitar e reforçar a resiliência e a capacidade de segurança alimentar face às carências que algumas populações enfrentam em Angola, foi uma visita bastante positiva, onde conseguimos perceber os resultados notórios, bastante visíveis, que este projecto já conseguiu", disse.
O secretário de Estado sublinhou que no âmbito do Fresan foram já formados cerca de 10.000 agricultores com novas técnicas para subsistência e produção agrícola, bem como modernizadas algumas formas de agricultura, nomeadamente o sistema de produção de sementes.
"E também tem tido uma grande actuação no domínio da agro-pecuária, desde o domínio da produção de alimentos para a agro-pecuária como também da segurança alimentar agro-pecuária, basta perceber, como exemplo, que já foram vacinados ao longo deste projecto mais de 1,6 milhões de animais", realçou.
Francisco André reiterou a disponibilidade de Portugal acolher oportunidades de negócios identificadas pelas autoridades angolanas, bem como capacitar os seus agentes económicos para poderem participar no "grande desígnio de Angola que é a diversificação da sua economia".
Nesse sentido, está prevista a deslocação a Angola, em Junho, do ministro da Economia e do Mar de Portugal para dar resposta a este objectivo do Governo angolano.
"Angola lançou o grande desafio para os seus agentes económicos, mas também para o exterior sobre a diversificação económica e é muito importante que Portugal e Angola colaborem sobre isso, consigam cooperar, que os nossos agentes económicos possam também apoiar na medida do possível esta resposta à necessidade da diversificação económica", salientou.
Durante a sua visita, Francisco André manteve encontros com o ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, com o chefe da diplomacia, Téte António, para passar em revista os temas da agenda bilateral e multilateral.
"O balanço é extenso, mas é muito positivo, que mostra bem o estado que qualifico excelente das relações entre Portugal e Angola neste momento", observou.
