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Oposição “exige” publicação imediata da lista de cidadãos registados para as eleições gerais

Partidos políticos na oposição “exigiram” esta Quinta-feira a “publicação imediata” da lista dos cidadãos maiores registados em Angola e no exterior, no âmbito das eleições gerais previstas para Agosto, para a garantia da transparência e lisura eleitoral.

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O posicionamento consta de um comunicado saído esta Quinta-feira de uma reunião conjunta dos presidentes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Nimi a Simbi, do Bloco Democrático (BD), Filomeno Vieira Lopes, e o coordenador do projecto político PRA-JÁ Servir Angola, Abel Chivukuvuku.

Para a oposição, a publicação imediata da lista dos cidadãos maiores registados em Angola e no exterior, "nos termos da lei", deve permitir que estes confiram a sua inserção na Base de Dados de Cidadãos Maiores (BDCM).

O processo eleitoral, findo o registo eleitoral oficioso em Angola e no exterior, foi o ponto central desta reunião conjunta que decorreu esta Quinta-feira, em Luanda.

"Os presidentes subscritores manifestaram igualmente preocupação com a violação do n.º 4 do artigo 17.º da Constituição da República de Angola sobre o direito a um tratamento imparcial dos partidos políticos pela imprensa pública e o direito de oposição democrático", refere-se no comunicado.

"Tratamento igual" dos partidos políticos, pelos órgãos de comunicação social públicos, é também uma outra "exigência" dos líderes da UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA, BD e do PRA-JÁ Servir Angola.

As próximas eleições gerais em Angola, o quinto pleito da história política do país, estão previstas para a segunda quinzena de Agosto.

Catorze milhões de eleitores estão registados para votar nas próximas eleições gerais, previstas para Agosto, segundo o ficheiro informático provisório dos cidadãos maiores entregue, na passada semana, pelo Governo à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), mas que pode ainda sofrer alterações.

Segundo o ministro da Administração do Território, Marcy Lopes, que fez a entrega do ficheiro ao presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, o processo resulta de uma obrigação legal após a primeira amostra.

Pelo menos 14 milhões de cidadãos eleitores constam do ficheiro provisório que resulta do processo de registo eleitoral oficioso e presencial que decorreu em Angola e no exterior do país de 23 de Setembro de 2021 e 7 de Abril de 2022, após prorrogação.

Marcy Lopes explicou que os números "poderão reduzir, em função da retirada da base de dados de cidadãos maiores falecidos e de pessoas que forem condenadas por decisão transitada em julgado", até à altura da entrega do ficheiro definitivo.

O registo eleitoral oficioso abrangeu pela primeira vez aos cidadãos angolanos residentes no exterior país, tendo sido registados cerca de 18 mil cidadãos que já constam do ficheiro provisório.

O ficheiro informático definitivo de cidadãos com capacidade eleitoral activa será entregue à CNE até 10 dias após a convocação das eleições por parte do Presidente, João Lourenço.

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