Em declarações ao Mercado, o responsável explicou que a empresa que opera no ramo da transformação de rochas ornamentais criou alternativas de produtos novos "para o conceito de transformação" pois trabalham "desde a mina até à obra final".
Esclareceu que "há 12 anos o mármore era exportado para Portugal como matéria-prima e regressava como produto acabado, mas hoje é transformado, feito à medida até ao consumidor".
Victor Teixeira explicou igualmente que a empresa, presente no país há 15 anos, foi concebida pela Marfilpe Portugal com vista a dar apoio à transformação de matérias-primas locais: "Há 15 anos o país era um mercado emergente e houve a necessidade de empresas portuguesas sobretudo a Marfilpe criar uma filial em Angola para resolver alguns problemas que existiam na transacção de produtos que saiam de Portugal para Luanda".
"Com a criação da Marfilpe Angola, conseguimos produzir mais e atender melhor os nossos clientes", acrescentou, citado pelo Mercado.
O director-geral da Marfilpe referiu ainda que o maior obstáculo da empresa se prende com a aquisição de matéria-prima, condicionando assim os trabalhos.
Segundo o Mercado, a matéria-prima está dependente do mercado nacional por via da Rokafric bem como de outras entidades de extracção.
Acerca dos equipamentos, o responsável fez saber que são originários de Portugal e da China, acrescentando que possuem máquinas que estão a "instalar de corte" e que pretende "também instalar uma máquina de polimento" que ainda não têm.
De referir que a empresa detém duas pedreiras próprias em Portugal (de moleanos vidraço e ataíja) e uma no Namibe (de mármore), por meio de uma participação maioritária na Rokafric.
Emprega 16 pessoas – 15 nacionais e um expatriado – e conta ainda com infra-estruturas de transformação em Angola e Portugal, apetrechadas com tecnologia de ponta.