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Reitor de Angola “honrado” com Honoris Causa recebido em Portugal

Orlando Manuel José Fernandes da Mata, reitor da Universidade Mandume ya Ndemufayo, e Orlando António Quilambo, reitor da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), que foram no Sábado agraciados com o título de Doutor Honoris Causa da Universidade da Beira Interior (UBI), mostraram-se muito honrados com a distinção e prometeram continuar a lutar pelo ensino superior.

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Na cerimónia em que receberam o galardão e que coincidiu com o 36.º aniversário da UBI, Orlando António Quilambo, reitor da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), e Orlando Manuel José Fernandes da Mata, reitor da Universidade Mandume ya Ndemufayo (Angola), deixaram a ideia comum de que, mais do que um reconhecimento, este galardão funcionará como uma motivação para continuarem a desenvolver projectos a favor do ensino.

Durante a intervenção, Orlando António Quilambo destacou que a atribuição do título marca um "momento singular" da sua vida académica, e reafirmou o compromisso de continuar a dar o seu contributo para o desenvolvimento do ensino superior.

"Assumo este título com a convicção de que este reconhecimento acresce e alarga cada vez mais a minha responsabilidade de continuar a participar na agenda do desenvolvimento do ensino superior de âmbito regional, nacional e internacional", afirmou.

Frisando que muitos dos desafios actuais do ensino superior e da sociedade em geral não serão resolvidos de forma isolada, Orlando António Quilambo também destacou o papel que a cooperação deve ter na tarefa de continuar a melhorar o ensino superior nas instituições lusófonas.

"O nosso compromisso deve ser a construção de uma agenda que permita uma cooperação mais estreita e a troca de experiência entre universidades", disse.

Quilambo fundamentou que a língua e a herança histórica comum entre Angola, Moçambique e Portugal "podem constituir-se numa ponte segura para chegar ao destino almejado".

A ideia da cooperação também foi vincada no discurso do reitor da Universidade Mandume ya Ndemufayo, Orlando Manuel José Fernandes da Mata, que começou por salientar a importância da outorga do mais alto grau atribuído pela UBI.

"Esta distinção passará a ser uma marca, uma referência indelével na minha carreira, enquanto académico e cidadão", disse.

O reitor angolano destacou igualmente que a distinção se apresenta como mais uma motivação para continuar a defender o ensino superior.

"Assumo aqui que esta prestigiante distinção não representará um cruzar de braços, um cortar da meta. Antes pelo contrário, torna-se numa motivação para que continuemos a dedicar atenção, esforço e dedicação à missão de continuar a elevar o ensino superior em Angola e no espaço lusófono", referiu.

A cooperação entre Portugal e Angola e o alargamento dessas parcerias à formação de jovens foi outro dos aspectos que abordou, tendo citado algumas das ideias transmitidas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa visita àquele país.

"A aposta no diálogo e na cooperação é a forma de obtermos sucesso nos nossos planos de mobilidade académica", disse.

No mesmo sentido, o reitor da UBI, Mário Raposo, sublinhou que a decisão de atribuir os Honoris Causa a estas duas "figuras cimeiras do mundo universitário angolano e moçambicano" simboliza "a cooperação havida e a cooperação a haver entre a UBI e as universidades africanas de língua portuguesa".

O reitor português afirmou que a UBI se tornou, nos últimos anos, uma das universidades portuguesas com maior percentagem de alunos africanos e apontou a importância da parceria estratégica estabelecida com o Governo de Angola, bem como de esta cooperação ter sido alargada a Cabo Verde, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe, o que também permitiu "reforçar os laços de cooperação académica" com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

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