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Economia

Governo vai aumentar pensões em 10 por cento

As pensões irão sofrer um aumento na ordem dos 10 por cento. Assim, com estes ajustes, a pensão mínima será fixada nos 48.272 kwanzas enquanto a máxima passará a 607.874 kwanzas.

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O documento que estabelece a actualização dos valores das pensões e que foi apreciado e aprovado esta Terça-feira pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, será aprovado durante a tarde desta Terça-feira em Conselho de Ministros, avança a Rádio Nacional de Angola (RNA).

O Governo pretende, com esta medida, dar mais dignidade aos trabalhadores reformados que deixaram de ter poder de compra.

De acordo com a RNA, a comissão analisou igualmente os factores macroeconómicos da economia, que cresceu cerca de 2,4 por cento nos primeiros tês meses deste ano.

Esse crescimento, de acordo com o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, foi suportado pelo sector não petrolífero: "No primeiro trimestre de 2022 nós tivemos uma taxa de crescimento de 2,4 por cento e isto movido por uma taxa de crescimento positivo de 1,9 por cento do sector petrolífero e 2,8 por cento do sector não petrolífero".

"Também contamos que as nossas previsões para o fecho de 2022 permanecem as mesmas, de termos uma taxa de crescimento de 2,7 por cento até ao final do ano", acrescentou, citado pela RNA.

O Governo também aprovou uma proposta de medidas no âmbito da prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, com o objectivo expresso de reforçar a boa governação, combater o crescimento do tráfico ilícito de narcóticos e combater o crime organizado transnacional, "evitando que Angola seja uma paragem de albergue de criminosos", segundo o comunicado final da reunião.

Da 5.ª reunião ordinária da comissão resultou ainda um memorando que propõe a "restruturação do serviço 'Feito em Angola'", que prevê um "conjunto de acções" – não descriminadas - destinadas a "mobilizar as empresas para o desígnio do crescimento económico, procurando melhorar a competitividade dos bens e serviços nacionais e contribuir para o equilíbrio" da balança comercial, segundo a nota.

O Governo analisou ainda as implicações da guerra da Ucrânia na economia nacional, reconhecendo os seus efeitos mistos. Se por um lado, a guerra "impacta positivamente" na economia do país africano em virtude do aumento dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais, produz também efeitos negativos devido "ao encarecimento das importações de bens essenciais de amplo consumo", sublinha o texto.

A guerra proporciona ainda o "risco de redução dos fluxos de entrada de investimento directo estrangeiro, sobretudo no sector diamantífero, onde a Rússia é um dos principais investidores", assinala o Governo.

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