O recente acordo - rubricado por Vera Daves, ministra das Finanças, e por Jean-Christophe Carret, director regional do Banco Mundial para Angola, República Democrática do Congo, Burundi e São Tomé e Príncipe - vem assim juntar-se às outras duas fatias cedidas nos últimos anos. A primeira fatia foi assinada em 2019 e dizia respeito a 500 milhões de dólares, a segunda parcela de 700 milhões foi rubricada no ano passado e a terceira, assinada esta Terça-feira, diz respeito a 500 milhões de dólares.
Feitas as contas, o pacote total de apoio corresponde a um total de 1,7 mil milhões de dólares.
De acordo com a Angop, esta ajuda tem vindo a ser gerada desde 2019, no âmbito de um programa para o crescimento e inserção para a cooperação do Banco Mundial com Angola. Esta projecto tem ajudado o país a implementar um clima macroeconómico bem como a possibilitar a geração de postos de trabalho e a fomentar uma melhor inserção social financeira.
Citada pela Angop, Vera Daves aproveitou a ocasião para realçar a assinatura das três parcelas de financiamento, tendo considerado que o banco se tem traduzido num parceiro indispensável, permanecendo a vontade de se prolongar a colaboração em vários domínios.
A titular da pasta das Finanças também salientou as ajudas prestadas por esta entidade durante o cenário mais agitado e menos positivo provocado pela pandemia.
Também realçou que "à semelhança das duas DPO, esta nova operação de apoio orçamental vale mais do que dinheiro, na medida em que reflecte o engajamento do Executivo na realização das reformas a que se comprometeu, cujos efeitos positivos já os sentimos".
Com a execução dos DPO, a instituição ajudou o Governo no aperfeiçoamento da prestação de serviços a nível das finanças públicas, apontou, exemplificando que em Fevereiro de 2022 foi fomentada mais transparência da política fiscal agregável e da eficácia das despesas públicas, bem como a melhoria da transparência da dívida pública, entre outros, escreve a Angop.
Já o responsável do Banco Mundial, citado pela Angop, considerou que o fim deste programa se traduz numa hipótese para apressar o calendário de reformas que o país tem executado nos últimos anos.
Jean-Christophe Carret referiu ainda que o "Banco Mundial espera reforçar a sua parceria com Angola para assegurar que a actual recuperação económica seja sustentável e robusta, mesmo através do apoio à agenda de reformas económicas do país em futuras operações de apoio orçamental".