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Angola e Guiné Equatorial reforçam cooperação na diplomacia, finanças e energia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Angola e da Guiné Equatorial acordaram esta Quarta-feira num conjunto de acções para reforçar a cooperação em diferentes áreas, incluindo a diplomacia, as finanças, os recursos minerais e petróleo e a mobilidade.

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"As duas delegações concordaram em implementar acções para reforçar a cooperação em diferentes áreas, nomeadamente, Político-diplomática; Defesa, Segurança e Ordem Pública; Economia, Finanças e Investimentos; Saúde; Indústria; Comércio; Agricultura; Pescas; Recursos Minerais e Petróleos; Obras Públicas; Transportes; Educação e Formação Profissional; Justiça e Direitos Humanos; Mobilidade; Telecomunicações e Novas Tecnologias de Informação; Turismo e Cultura, entre outras áreas", lê-se num comunicado divulgado no final da segunda sessão da comissão mista permanente de cooperação entre Angola e a Guiné Equatorial.

No comunicado conjunto assinado pelos dois países, as partes anunciaram que concordaram assinar um Memorando de Entendimento sobre Consultas Políticas e Diplomáticas Mútuas e um Memorando de Entendimento entre a Academia Diplomática Venâncio de Moura do Ministério das Relações Exteriores da República e o Ministério dos Assuntos Exteriores e Cooperação da Guiné Equatorial.

Os dois países "congratularam-se pelos esforços conjuntos para a realização da Cimeira Extraordinária da União Africana (UA) sobre o Terrorismo e as Mudanças Inconstitucionais de Regime em África, a ter lugar no dia 28 de Maio de 2022, em Malabo, República da Guiné Equatorial, e exortaram todos os Estados-Membros a participarem ao mais alto nível".

No comunicado, diz-se também que o ministro dos Assuntos Exteriores e Cooperação da República da Guiné Equatorial, Simeon Oyono Esono Angue, foi recebido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, e enfatiza-se que as relações entre os dois países são "excelentes".

"Do ponto de vista económico e comercial, Angola e a Guiné Equatorial oferecem enormes potencialidades por explorar, sendo por isso oportuno, avaliarmos e consolidarmos o estado da nossa cooperação, e nesta base, perspectivar novas iniciativas com vantagens recíprocas, que valorizem as potencialidades dos dois países", resumiu o ministro das Relações Exteriores de Angola, num discurso durante a sessão da comissão mista permanente.

Angue afirmou que os dois países coincidem numa perspectiva de desenvolvimento concebida como "uma visão integradora dos domínios económico, social, ambiental e de paz e segurança", assinalados como o "núcleo" da cooperação entre ambos, fez questão de alargar as prioridades das relações bilaterais à "promoção de negócios e investimentos, turismo e sector dos serviços" entre outras, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial.

O chefe da diplomacia equato-guineense sublinhou, por outro lado, o "dever" dos dois países de "conceber e adoptar juntos, todas as estratégias ao alcance para combater os flagelos que mais frequentemente ameaçam a sub-região" onde se encontram, entre eles "a pirataria no Golfo da Guiné, de cuja zona marítima emana grande parte dos recursos naturais que possibilitaram hoje o nível de desenvolvimento" que ambos os países alcançaram até hoje.

"Queremos também aproveitar esta oportunidade para manifestar o nosso total e incondicional apoio à iniciativa de João Lourenço, de atrair para o centro do debate continental o combate ao terrorismo e ao perigo que representa a nova tendência inconstitucional de ascensão ao poder na nossa região", sublinhou Simeon Oyono Esono Angue, numa crítica velada aos sucessivos golpes militares que se sucedem na região do Sahel desde 2020.

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