Comparativamente ao ano anterior, as exportações deste produto em 2021 registaram um crescimento na ordem dos 250 por cento, traduzindo-se numa receita de 3,6 mil milhões de dólares.
De acordo com contas feitas pelo Expansão – sustentadas em estatísticas externas do Banco Nacional de Angola (BNA) – do total de exportações do país no ano passado, 11 por cento correspondem a exportações de gás.
Desse modo, o gás acabou por ultrapassar os diamantes (em 2019 eram os segundos maiores produtos exportados), que em 2021 lucraram ao país 1,5 mil milhões de dólares.
De acordo com o Expansão, o disparo dos lucros da exportação de gás pode ser justificado com a subida do preço médio da venda do produto, que é calculado em barris de petróleo equivalente: de 2020 para o ano passado, o custo médio deste produto passou de 22 para 91 dólares. Além disso, a quantidade de gás exportado em 2021 até desceu 16 por cento face ao ano anterior, mas as perdas foram compensadas pela subida do preço médio.
A exportação de gás abrange o LNG e líquidos retirados do gás natural. Cada um destes produtos tem um custo diferente, com o LNG a valer mais, elevando assim o preço médio da venda de gás.
As previsões para este ano apontam para que as exportações de gás continuem expressivas: dados da exportação deste produto nos primeiros três meses deste ano sugerem que o gás se manterá como o segundo maior produto de exportação do país.
José Oliveira, colaborador do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, citado pelo Expansão, fez saber que as exportações do Angola LNG nos primeiros três meses deste ano chegaram aos 1.705 milhões de dólares.