De acordo com o África Monitor Intelligence, na sequência da atribuição do crédito à UNITA – na qual a aprovação terá sido determinada pelo cumprimento de critérios de compliance rigorosos – a instituição financeira passou a estar obrigada a contínuas inspecções por parte do BNA.
Além disso, segundo o África Monitor Intelligence, até ao momento, o BIC ainda não conseguiu substituir três administradores afastados ao abrigo de uma nova directriz do banco central, que limita o exercício de cargos administrativos a três mandatos.
"Por efeito da referida norma, que igualmente passou a vedar a grandes accionistas (mais de 40 por cento) o exercício de funções administrativas em instituições financeiras nacionais, Fernando Teles, fundador do BIC tinha já perdido os cargos de presidente do Conselho de Administração (CA) e da Comissão Executiva. A oposição do BNA à nomeação de novos administradores tem sido justificada com o argumento de que os cargos em aberto se destinam a ser preenchidos por nomeações a efectuar pelo BNI", avança o África Monitor Intelligence.
Com quatro membros, o conselho está a trabalhar com irregularidades, uma vez que não obedece à norma que incumbe os órgãos administrativos das sociedades anónimas a terem número ímpar.
Assim, o BNA tem utilizado este motivo como mecanismo para encurtar o tempo de fusão com o BNI, beneficiando ainda dos resultados menos positivos da instituição - provenientes das suas fiscalizações - para aumentar a pressão.
O África Monitor Intelligence adianta ainda que recentemente, numa assembleia geral em que a filha do ex-Presidente marcou presença de forma remota, Isabel dos Santos mostrou interesse em vender a sua participação no BIC.