"É uma conferência da máxima importância, queremos que esta conferência seja um marco na defesa dos oceanos para evitar o seu declínio para aprofundar o nexo entre a protecção dos oceanos", disse esta Quinta-feira Francisco Alegre Duarte, em Luanda.
O diplomata português participou na reunião com os embaixadores dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a preparação da 5.ª Reunião dos Ministros dos Assuntos do Mar da CPLP.
Este encontro está agendado para os dias 24, 25 e 26 de Maio, em Luanda, e deve aprovar uma resolução sobre a criação de uma plataforma e cooperação na promoção da pesca sustentável e combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada.
Portugal estará representado na cimeira de Luanda pelo secretário de Estado do Mar português, João Maria Costa.
Para Francisco Alegre Duarte, a reunião ministerial da CPLP, na capital, "será muito útil" na antecâmara da conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, co-organizada por Portugal e Quénia, que terá lugar em Lisboa de 27 de Junho a 1 de Julho.
"E evidentemente que esta reunião aqui, em Luanda, terá o 'input' próprio dos países da CPLP, que são todos os Estados costeiros, e interessados na protecção dos seus recursos marinhos", frisou.
"Estaremos presentes através da participação do secretário de Estado do Mar, o engenheiro João Maria Costa, e esperamos contribuir para que a cimeira seja um sucesso", notou.
Em declarações no final do encontro que decorreu na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Luanda, Francisco Alegre Duarte destacou ainda as "excelentes relações bilaterais com Angola no domínio marítimo".
"Angola tem uma grande costa e para protegê-la é preciso ter meios e capacidade e por isso apoiamos as acções de Angola nesse âmbito", rematou o embaixador português.
Já o embaixador de Cabo Verde em Angola, Jorge Figueiredo, assinalou a pertinência do encontro preparatório da cimeira ministerial da CPLP, recordando que os Estados-membros têm uma enorme costa e "devem cooperar" para travar a pesca ilegal.
"Com certeza, como sabe, a pesca praticada por determinados países desenvolvidos, nomeadamente europeus e orientais, tem vindo a perturbar e a alterar os oceanos e afectando a vida dos pescadores e as respectivas famílias e da própria riqueza dos países da CPLP", disse à Lusa.
