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Presidente português espera que ida a Bissau contribua para Cimeira da CPLP com todos em Luanda

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta Sexta-feira esperar que a sua ida a Bissau contribua para uma Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com todos os chefes de Estado presentes em Luanda.

: Manuel de Almeida/Lusa
Manuel de Almeida/Lusa  

No programa da Antena 1 "Geometria Variável", Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a sua visita oficial à Guiné-Bissau entre Segunda e Terça-feira, a convite do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, "valeu imenso a pena".

"Nomeadamente também valerá ainda mais a pena se na Cimeira de Luanda estivermos todos os chefes de Estado da CPLP, coisa que não tem acontecido", acrescentou.

Questionado sobre a situação em Cabo Delgado, Moçambique, o Presidente da República português respondeu: "Os últimos tempos têm mostrado passos muito positivos na resposta da CPLP, como se verá depois em Luanda, mas também da comunidade internacional".

"Estamos mais próximos daquilo que é uma nova fase de uma solução do que estávamos há seis meses, há quatro meses, há três meses", adiantou, sem dar detalhes.

Ainda sobre a CPLP, o chefe de Estado português congratulou-se com "o passo que vai ser dado agora na Cimeira de Luanda" quanto à mobilidade no espaço da lusofonia.

No seu entender, "é determinante" para o objectivo de ter uma CPLP que vá "mais longe na vida concreta das pessoas".

"Havia Estados menos abertos, por razões de integração regional ou por idiossincrasias próprias, e houve que fazer a quadratura do círculo e ir para uma solução que fosse muito flexível, mas tivesse um núcleo duro", descreveu.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que "quem quiser integrar o núcleo duro, integra, é livre de integrar; quem não integrar o núcleo duro tem um regime mais flexível no tempo e no conteúdo - que, permite, não obstante, não deixar ninguém de fora".

Em resposta às críticas à sua visita oficial à Guiné-Bissau, começou por dizer que Portugal dialoga "com imensos Estados do mundo" e países "irmãos na CPLP" que têm "regimes políticos muito diferentes: partido único, partido não único, partido liderante, multipartidarismo condicionado".

O chefe de Estado argumentou que "a melhor forma de contribuir para a aceitação de determinados princípios não é a ausência", que "deixar de conviver é deixar de criar condições de diálogo para o reforço da democracia, do Estado de direito democrático".

Por outro lado, destacou que se reuniu em Bissau com os representantes dos partidos políticos e sustentou que "esse simples facto mostrou que continua a haver um pluripartidarismo, uma oposição que pensa muito diversamente da chamada situação".

Quando visitou Bissau, perante o seu homólogo guineense, Marcelo Rebelo de Sousa disse-lhe: "Do mesmo modo que Portugal tudo tem feito na medida das suas possibilidades para valorizar a CPLP, tem a certeza de que vossa excelência será na Guiné-Bissau um intérprete da mesma vontade".

A próxima cimeira da CPLP está agendada para 16 e 17 Julho, em Luanda. Cabo Verde preside actualmente a esta comunidade, seguindo-se a presidência angolana.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP.

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