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Energia

Angola desembolsou 306 milhões de dólares para importar combustíveis no primeiro trimestre deste ano

Angola gastou, no primeiro trimestre deste ano, 306 milhões de dólares para a importação de combustíveis, representando 66 por cento das quantidades adquiridas e comercializadas nesse período, informou esta Terça-feira o sector responsável.

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De acordo com o Sumário da Actividade Comercial do Mercado dos Derivados do Petróleo referente ao I trimestre de 2021, do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), a que a Lusa teve acesso esta Terça-feira, foram adquiridas e comercializadas 825.469 toneladas métricas de combustíveis, no valor de 195 mil milhões de kwanzas.

Das quantidades comercializadas, 31 por cento são da Refinaria de Luanda e 3 por cento da Cabgoc – Topping de Cabinda.

O documento sublinha que as quantidades adquiridas no período em referência, representam um acréscimo aproximado de 2 por cento em relação ao trimestre anterior, salientando que o país continua a contar com uma capacidade de armazenagem de combustíveis líquidos em terra de cerca de 680.011 metros cúbicos.

O resumo trimestral avança ainda que foram registados 898 postos de abastecimento em estado operacional, sendo 326 da estatal angolana Sonangol Distribuidora (36 por cento), 78 da Pumangol (9 por cento), 60 da Sonangalp (7 por cento), 41 da TOMSA – Total Marketing & Services Angola (4 por cento) e 393 de bandeira branca (44 por cento).

"A actualização do Mapeamento Nacional de Postos de Abastecimento Operacionais, em 31 de Março de 2021, apurou uma diminuição de 53 postos operacionais, em relação ao IV trimestre de 2020, bem como a existência de 42 municípios sem postos operacionais", descreve o relatório.

Relativamente ao volume de vendas globais dos vários segmentos de negócio - retalho, consumo e o 'bunkering' - no período em referência, foram registadas aproximadamente 975.225 toneladas métricas, evidenciando um crescimento de cerca de 26 por cento em relação ao trimestre anterior, devido sobretudo à retoma da actividade económica no país.

Em termos de vendas nos segmentos de retalho e consumo, cinco províncias do país consomem cerca de 2/3 (67 por cento) do total nacional, liderando a lista Luanda, com 42,0 por cento, seguida de Benguela com 7,6 por cento, Cabinda com 7,0 por cento, Huíla com 6,5 por cento e Zaire com 4,0 por cento.

No que se refere aos combustíveis gasosos (gás de petróleo liquefeito), no período em análise foram introduzidas no mercado interno cerca de 89.746 toneladas métricas de gás de cozinha, das quais 90 por cento provenientes da Angola LNG, 6 por cento da Refinaria de Luanda e 4 por cento do Topping de Cabinda, registando-se um decréscimo de 7 por cento na sua aquisição para o mercado interno, comparativamente ao trimestre anterior.

"Relativamente às vendas, o registo é de um total de 99.236 toneladas métricas, o que representou um decréscimo de 9,3 por cento em relação ao trimestre anterior", pode ler-se no balanço, acrescentando que neste segmento lidera o mercado a estatal Sonagás, com uma quota de aproximadamente 81,57 por cento, seguida da Saigás, com 9,81 por cento, Gastém, com 3,69 por cento, Progás, com 3,66 por cento, e Canhongo Gás, com 1,27 por cento.

As províncias que mais consumiram o gás de petróleo liquefeito são Luanda (61 por cento), Benguela (10 por cento), Huíla (6 por cento), Huambo (5 por cento) e Cabinda (3 por cento), representando as cinco regiões aproximadamente 81 por cento do consumo nacional.

No que diz respeito aos lubrificantes, até o fecho deste sumário, o registo foi de 7452 toneladas métricas comercializadas no mercado interno, pelas principais empresas, representando um decréscimo de aproximadamente 25 por cento em relação ao trimestre anterior.

Do volume total comercializado acima descrito, 1.440,7 toneladas métricas foram de produção nacional, correspondentes a 19,3 por cento e o restante 5.982,5 toneladas métricas provenientes de importação, correspondentes a 80,7 por cento.

A Sonangol Distribuidora liderou o mercado de lubrificantes no período em referência, com vendas na ordem dos 19,3 por cento do total, seguida da Pumangol, com 9,2 por cento, da Ditrol, com 8,7 por cento, da Toyota de Angola, com 8,2 por cento, e da Cosal com 6,1 por cento de quota, fechando o top cinco.

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