Em entrevista ao VOA, o juiz suspenso apontou o dedo a Joel Leonardo e queixou-se de que a perseguição de que está a ser alvo visa tentar travá-lo de lutar contra o processo que o eliminou da corrida à presidência da CNE. Contudo, Agostinho António Santos deixou bem claro de que não vai desistir da luta.
"Não é um processo normal, basta notar que o presidente Joel é o presidente do CSMJ, e foi presidente do concurso à CNE, no fundo, a questão do fundo é o processo da CNE, estão a fazer com que aquele processo não chegue ao fim, mas há de chegar ao fim", disse.
Diz ainda ter "fé no cumprimento da Constituição e da Lei", mesmo que alguns não queiram "que isso aconteça".
Agostinho António Santos foi suspenso das suas funções por meio ano, com perda total de remuneração e antiguidade na carreira, sendo também vedado o acesso às instalações do Tribunal Supremo.
O juiz foi suspenso depois de ter discordado publicamente da escolha de Manuel Pereira da Silva para assumir a presidência da CNE e denunciado alegadas irregularidades no processo.