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Porto do Lobito: carros de luxo e gestão “danosa” por detrás do afastamento da administração

O Conselho de Administração do Porto do Lobito foi afastado pelo Presidente da República depois das suspeitas de gestão danosa terem sido confirmadas, segundo revelou fonte do Ministério dos Transportes ao VOA.

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Depois da Inspecção Geral da Administração do Estado ter feito uma vistoria às contas do porto, foi possível concluir que este tinha arrecadado cerca de 15 milhões de kwanzas em receitas diárias. No entanto, a estabilidade financeira acabou por desaparecer quando, alegadamente, a administração terá decidido comprar carros de luxo.

Ao mesmo jornal, o primeiro secretário da Comissão Sindical, Ezequiel de Carvalho, explicou que a antiga administração não soube analisar as prioridades, tendo colocado o porto em prejuízo.

A gestão "foi danosa por vários factores. Achamos que o Porto é uma empresa acorrentada em dívidas, uma empresa que, em dois meses de estabilidade financeira, optou por adquirir viaturas milionárias, quando nem sequer equipamento de trabalho possui", considerou o responsável.

A compra dos carros não foi bem vista aos olhos das chefias, que consideravam que a necessidade do Porto do Lobito se prendia com a melhoria de serviços e condições de trabalho.

Recentemente o ministro dos Transportes anunciou que os terminais do porto iriam ser geridos por entidades estrangeiras e explicou que a Empresa Portuária do Lobito irá funcionar como uma espécie de "Porto Senhorio".

Segundo António Monteiro, empresário, esta tomada de posição do governo pretende rentabilizar o porto: "Sendo o Estado a gerir não há impostos, os gestores públicos, infelizmente, só esperam do Orçamento Geral do Estado. O privado vai rentabilizar, dar empregos", explicou, citado pelo VOA.

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