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Advogados britânicos apresentam denúncia ligada a caso de arresto de bens de Isabel dos Santos à Interpol

Um grupo de advogados britânicos enviou, há dois dias, uma carta à Interpol a pedir para que fosse aberta uma investigação num caso ligado a Isabel dos Santos. Segundo avança o Dinheiro Vivo, em causa está uma alegada falsificação de documentos usados para arrestar os bens de Isabel dos Santos.

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De acordo com a carta dos advogados, a que o jornal português teve acesso, um empresário dos Emirados Árabes Unidos, com quem Isabel dos Santos estaria a negociar a venda das suas acções na Unitel, terá contratado agentes angolanos da Interpol para "efectuarem um levantamento da situação da Unitel". A ideia seria perceber se se trataria de um bom negócio.

Depois de feito o alegado levantamento da situação da Unitel, terá sido desaconselhada a compra num documento, que de acordo com os advogados, terá sido usado pelo Estado para justificar o pedido de arresto dos bens da empresária. Supostamente, nesse documento é aconselhado a que os bens de Isabel dos Santos sejam arrestados, tendo em conta que a empresária teria uma suposta dívida para com o Estado angolano e, com a venda das participações, a recuperação do dinheiro seria posta em causa.

Os advogados afirmam que esse documento, que dá conta da contratação dos agentes por parte de um privado é um problema. Segundo fontes jurídicas explicaram ao Dinheiro Vivo, a compra ou venda de serviços da Interpol por parte de privados é crime e, quando o documento foi apresentado, o tribunal deveria tê-lo dado como nulo e aberto uma investigação.

No entanto, o documento acabou por, alegadamente, ser utilizado como prova para arrestar os bens da empresária.

Os advogados pedem agora para que a Interpol investigue esta situação. Caso o documento seja dado como inválido, a decisão de arresto de bens poderá vir a ser anulada.

A empresária foi contactada pelo jornal português, mas decidiu não comentar a situação.

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