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Angola acolhe centro de informação da ONU para atender necessidades dos PALOP

Angola vai a acolher, em breve, depois de 20 anos de negociações, o Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC), que vai atender às necessidades informativas dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP).

: Téte António, ministro das Relações Exteriores
Téte António, ministro das Relações Exteriores  

O anúncio foi feito esta Segunda-feira pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, numa mensagem por ocasião da celebração do 5 de Maio, Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).

"Todos esses esforços e contributos de Angola, visam tão-somente projectar cada vez mais este nosso importante instrumento de comunicação, que é a Língua Portuguesa", disse Téte António, referindo que "Angola tem, de modo reiterado, ecoado a sua voz" na promoção da língua portuguesa nos fóruns internacionais.

Segundo o governante, "é assim que com a contribuição do Governo angolano e dos governos de outros países africanos de língua portuguesa, o português é hoje uma das línguas de trabalho de organizações internacionais regionais de que Angola é parte".

O chefe da diplomacia angolana destacou também que ao nível das sessões anuais da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em que participam os chefes de Estado e de Governo dos 193 países membros da organização, o primeiro discurso é proferido em língua portuguesa.

Relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990, Téte António avançou que o Governo angolano está a trabalhar para a sua ratificação, discutindo com os restantes membros dos PALOP (Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe).

Téte António avançou que, em sede do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), decorrem trabalhos para se encontrar algumas regras ortográficas que possam atender a realidade linguística angolana, para que as mesmas se reflictam no acordo, "que inclusive coincide com a realidade de línguas faladas em outros Estados-membros da CPLP".

O governante sublinhou que a língua portuguesa em Angola é um factor de união, frisando que acresce a esse privilégio o facto de o país dispor de uma enorme quantidade de línguas nacionais, tendo o português evoluído incorporando realidades das línguas maternas, dado o seu convívio permanente.

"A língua portuguesa exerce um papel diferenciador e exclusivo que aglutina todos os angolanos em torno de uma língua comum, que apresenta particularidades discursivas, pragmáticas, sintácticas, léxicas, morfológicas, fonológicas e prosódicas", afirmou.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou, em Novembro do ano passado, 5 de Maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa, mediante proposta de todos os países lusófonos apoiada por mais 24 Estados, incluindo países como a Argentina, Chile, Geórgia, Luxemburgo ou Uruguai.

A UNESCO escolheu para a efeméride a data em que há uma década se celebrava o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP.

O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, ou seja, 3,7 por cento da população mundial.

É língua oficial dos nove países-membros da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e Macau, bem como língua de trabalho ou oficial de um conjunto de organizações internacionais como a União Europeia, União Africana ou o Mercosul.

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