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Presidente da República anuncia criação de Conselho de Concertação Económica

O Presidente da República, João Lourenço, anunciou esta Sexta-feira que vai criar um Conselho de Concertação Económica, que será “um instrumento inclusivo” ao serviço dos órgãos de decisão.

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"Estamos em condições de evoluir rapidamente para a criação do Conselho de Concertação Económica que integre renomadas figuras da economia, do direito, da sociologia, empresários e outros", disse o chefe do executivo , no discurso de abertura de um encontro com a sociedade civil a propósito do impacto da covid-19 nas empresas e nas famílias.

O encontro juntou cerca de 150 pessoas, entre representantes associativos, empresários, académicos, empresários e líderes religiosos, dos quais oito intervieram para apontar as dificuldades e soluções para os seus sectores.

João Lourenço quis, com este encontro, solicitar contributos "na busca de uma saída" que defenda a saúde pública, caminhando ao mesmo tempo "para a normalização da vida social das pessoas", recuperando a produção nacional de bens e de serviços, aumentando as exportações e a oferta de emprego.

"Acredito que com a abertura hoje existente e facilidade de diálogo franco e aberto entre o executivo e a sociedade civil, encontraremos os melhores caminhos no interesse das famílias, das empresas e da economia nacional", salientou.

Quanto ao Conselho de Concertação Económica, será "um importante instrumento bastante inclusivo ao serviço dos órgãos de decisão em matéria de política económica".
O ponto focal será o ministro para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Na reunião com a sociedade civil, onde, além de João Lourenço marcaram presença a primeira-dama, Ana Dias Lourenço, o vice-presidente, Bornito de Sousa, o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade dos Santos "Nandó", o Presidente sublinhou que decidiu alargar o diálogo "não tanto para falar sobre o presente, mas para traçar as linhas do pós-covid-19" e salvar a economia, a vida das empresas, o emprego, a vida dos cidadãos.

"Espero que no termo desta reunião alargada possamos ter uma visão mais profunda da actual situação epidemiológica, económica e social do país, de modo a abordarmos com maior franqueza o impacto da covid-19 na economia e na vida das famílias", destacou o presidente.

João Lourenço realçou que Angola continua, com 77 casos de infecção, a ser um dos países menos afectados pela covid-19, acrescentando que é preciso começar a pensar num plano de alívio para as famílias e as empresas, tendo em conta os cenários epidemiológicos que forem surgindo, para que "a vida produtiva retome o seu curso dentro da normalidade possível".

"Vivemos tempos dramáticos, sem que seja possível prever a duração da pandemia e as suas consequências a médio/longo prazo no quotidiano da população e na vida económica do nosso país", reforçou o chefe de Estado, chamando a atenção para a necessidade de adoptar comportamentos preventivos, como o uso de máscaras, manter o distanciamento, higienizar as mãos, como parte do quotidiano e por tempo indeterminado.

"Estas boas práticas previnem também o contágio e propagação de outras doenças por vezes endémicas como a cólera, a febre amarela, o sarampo, a tuberculose, a lepra, o Ébola e o Marburgo que, como sabemos, vão surgindo ciclicamente no nosso continente", acrescentou.

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