Em comunicado, a que Agência Lusa teve acesso, a FLEC-FAC (Forças Armadas de Cabinda) sublinha que o primeiro cessar-fogo foi decretado a 13 de Abril, em resposta ao apelo lançado pelo secretário-geral das Nações Unidas no combate à pandemia de covid-19.
"Devido ao agravamento da situação sanitária em Cabinda provocada pela proliferação do covid-19, e uma vez mais respondendo ao apelo do Secretário-geral da ONU, a FLEC-FAC prolonga o cessar-fogo por um período adicional de 30 dias, que terá início às 00h00 de 14 de Maio", lê-se no comunicado.
Durante o período de cessar-fogo decretado pelas FLEC-FAC, destaca o comunicado, "as Forças Armadas Angolanas (FAA) prosseguiram os ataques contra as nossas forças e contra as populações civis de Cabinda".
A terminar, a força independentista de Cabinda reafirma "uma vez mais, a disponibilidade para estabelecer um diálogo que permita a criação das condições para pôr fim ao conflito em Cabinda".
Criada em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes fações, efémeras, com a FLEC-FAC a manter-se como o único movimento que alega manter uma "resistência armada contra a administração de Luanda".